Garotas da GenZ estão abandonando a Netflix. E a plataforma sentiu a queda

Pesquisa mostra que mais de um quarto das assinantes jovens deixaram de assistir o conteúdo no aplicativo móvel

Crédito: Giordano Rossoni/ Unsplash

Redação Fast Company 2 minutos de leitura

A Netflix perdeu 26% da fatia de seu público formado por garotas da geração Z (na casa dos 20 anos). A queda se deu no aplicativo móvel, no período entre 2019 e 2022. Foi a maior em comparação com todos os outros grupos e faixas etárias, de acordo com pesquisa realizada pela Global Wireless Solutions (GWS).

Com dados coletados de mais de 200 mil usuários adultos de smartphone nos Estados Unidos, a GWS calcula que não apenas mais de um quarto das espectadoras de 18 a 24 anos deixaram a plataforma, mas que a quantidade de tempo gasto no app móvel caiu entre usuários de todas as idades.

Mesmo entre os que não estão cancelando o serviço, o tempo gasto no streaming vem caindo desde 2019: 39% no grupo de mulheres entre 18 e 34 anos e 33% no de homens de 25 a 34 anos.

Ao divulgar os resultados do segundo trimestre de 2022, a Netflix apontou uma perda de assinantes menor do que a esperada: em vez dos dois milhões (que era a estimativa inicial) foram “apenas” 970 mil clientes a menos no trimestre encerrado em 30 de junho.

Apesar da tendência de queda, a Netflix ainda é o conteúdo premium mais popular em smartphones.

Levando em conta a perda de assinantes em 2022 (pela primeira vez em 10 anos), a onda de demissões na empresa e as medidas para coibir o compartilhamento de senhas, o estudo da GWS indica algumas tendências que estão afetando a companhia.

Mas não é só a Netflix que vem sofrendo com a perda de visualizações em dispositivos móveis. De acordo com o estudo, desde seu lançamento, em 2021, o Discovery+ registrou o menor tempo de uso da plataforma – 3,2 bilhões de minutos, em comparação ao pico de 4,8 bilhões no terceiro trimestre de 2021.

Apesar da tendência de queda entre as jovens da geração Z, a Netflix ainda é o serviço de “conteúdo premium” mais popular em smartphones.

Mesmo assim, não chega nem perto do YouTube, que registra cerca de seis milhões de sessões (de vídeos entre 30 minutos e uma hora de duração) a mais. O público de 18 a 34 anos passa 80% mais tempo por dia no YouTube do que em plataformas de streaming, sendo que 71% o fazem por dispositivos móveis.

“Para a maioria, os smartphones são a principal via de acesso a lazer e entretenimento”, explica o CEO da GWS, Paul Carter.

Segundo ele, para os consumidores os dispositivos móveis são cruciais no seu consumo de vídeo online. Para as plataformas, um mercado mais competitivo significa que a audiência será cada vez mais atraída pelos melhores conteúdos e serviços.

Com base em texto de Grace Buono.


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