Indústria do chocolate cresce 16% e gera mais de 3,4 milhões de menções nas redes sociais

No Dia Mundial do Chocolate, setor comemora faturamento de R$ 11,4 bilhões em 2021, segundo a Kantar

Créditos: O Presente/divulgação

Redação Fast Company Brasil 2 minutos de leitura

O Dia Mundial do Chocolate (7/7) tem realmente motivos para ser celebrado em 2022. Segundo dados da Kantar, empresa global de pesquisas e insights, o setor faturou R$ 11,4 bilhões em 2021, com alta de 16,1% em comparação ao ano anterior.

Os dados apontam ainda que a taxa de penetração da categoria cresceu 2,8% no período e que o item faz parte da lista de compras de 88,3% dos lares brasileiros. Além disso, a frequência de consumo cresceu 0,4 pontos percentuais, passando de 8,5 para 8,9 a quantidade de vezes em que o consumidor esteve nos pontos de vendas em 2021.

“Mesmo com a retração do começo da pandemia, tivemos uma recuperação no ano passado e 2022 continuará com resultados positivos, mesmo que com menos fôlego”, analisa Matheus Duque de Macedo, executivo sênior de novos negócios da Kantar.

Segundo o Euromonitor, o Brasil é o quinto maior mercado em volume de vendas no varejo. Só no ano passado, foram produzidas 693 mil toneladas (36% a mais que em 2020), de acordo com a Associação Brasileira da Indústria de Chocolates, Amendoim e Balas (Abicab).

“A inovação dentro da categoria é essencial para alcançar a qualidade esperada e conquistar os consumidores brasileiros. Nos últimos anos, temos acompanhado os novos hábitos de consumo detectados durante e após a pandemia, a tendência de busca constante por inovação, novos formatos e sabores”, afirma Camila Ribeiro, head de marketing da Hershey’s para a América Latina.

Um estudo da empresa mostra alguns comportamentos dos fãs de chocolate, principalmente nas redes sociais: foram mais de 3,4 milhões de menções por ano, que aumentam geralmente perto da Páscoa, Dia das Mães e Natal. 79% associam o chocolate a momentos felizes e 74% concordam que o produto tem o poder de mudar o humor para melhor.

Macedo também aponta a oportunidade de as empresas apostarem no caráter presenteável dos chocolates em diferentes datas comemorativas além das tradicionais. “Temos uma Copa do Mundo este ano, que, apesar de não estar associada ao consumo do produto, é um período no qual as pessoas irão procurar por esses prazeres alimentares”, aposta.

MAIS CACAU

Atualmente, a Hershey’s tem focado na democratização do consumo de chocolate com alto percentual de cacau, no uso de ingredientes 100% naturais e em novas formulações e sabores exclusivos. Recentemente, foram lançadas versões como milkshake crocante, pink lemonade e com sabores de café.

Em média, o brasileiro gastou R$ 89,32 com chocolate em 2021, o que dá cerca de 10% a mais do que em 2020. O formato mais consumido foi o bombom (41,9%), seguido pelas barras (29,6%) e pelos snacks (14%).

A categoria de bombons faturou R$ 3,6 bilhões em 2021 (crescimento de 6,9%). Isso representa uma penetração em 69,8% dos lares, enquanto o consumidor esteve 3,7 vezes nos pontos de venda.

Na hora da compra, a maioria prefere as caixas (87,8%), mas também há procura por pacotes de bombons específicos (7,4%) e pela aquisição avulsa (4,5%). O chocolate é mais consumido na região Sul (que concentra 22% do volume) e na Grande São Paulo (18%). Vale destacar que a compra é feita, principalmente, pelos canais de autosserviço (30% do volume), no varejo tradicional (19%) e em atacarejos (14%). Curiosamente, as compras foram feitas especialmente no verão (31,9%).


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