Inteligência artificial no Enem é apenas o começo?

Crédito: Enem/ Divulgação

Redação Fast Company Brasil 2 minutos de leitura

O novo Enem será lançado na edição de 2024, levando em consideração o novo modelo do ensino médio que começou a ser posto em prática este ano. Essa versão do exame continuará com dois dias de provas, o primeiro com questões interdisciplinares abordando matemática, português e língua estrangeira. Elas também poderão ser discursivas ou em formato múltipla-escolha. Nesse dia também será aplicada a redação.

No novo modelo, o segundo dia é reservado para uma avaliação relacionada às áreas de interesse que o candidato demonstra interesse em seguir no ensino superior. Essa parte é optativa. 

A nova versão da prova também trará novidades tecnológicas, com uma transição gradual para a avaliação digital e o uso de inteligência artificial na correção. As provas físicas serão mantidas pelo tempo necessário para não excluir nenhum participante e enquanto a inclusão digital geral não for uma realidade.

Já o uso de novas tecnologias, plataformas adaptativas e IA terá o intuito de acelerar a divulgação dos resultados por meio da correção das provas – tanto das questões múltipla escolha quanto das discursivas e da redação. 

O uso de inteligência artificial na educação é um dos motivos do crescimento das edtechs.

O MEC ainda não divulgou mais detalhes sobre o uso dessas tecnologias, fornecedores ou expectativas. Mas o uso da IA por um processo de avaliação tão grande quanto o Enem – que em 2021 teve quatro milhões de inscritos e um milhão apenas no primeiro dia do processo de 2022 – é um sinal da ampliação do uso da tecnologia no ensino.

Em 2020, o documento Artificial Intelligence in Teaching (AIT): A roadmap for future developments já afirmava que a IA estava se tornando cada vez mais presente no ensino superior, o que levantava diferentes questionamentos sobre o uso da tecnologia: como usá-la no aprendizado; como aprender sobre ela; e entender os impactos éticos do seu uso. 

Os atuais usos para IA vão além da correção, como no caso do Enem. Ela pode entender melhor como cada aluno aprende; encontrar as melhores formas de transmitir informações; ajudar professores na produção de questões, atividades e planejamento de aulas; e ajudar pessoas com desafios cognitivos, para citar algumas possibilidades. 

O uso de inteligência artificial na educação também tem sido foco e um dos motivos do crescimento das edtechs, empresas focadas em encontrar novas soluções para transformar o ensino.


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