Juiz levanta alerta sobre investigação da FTC com a Media Matters; entenda o caso
Decisão judicial suspende investigação contra grupo progressista e reacende debate sobre liberdade de imprensa nos Estados Unidos

Um juiz federal decidiu suspender a investigação da Comissão Federal de Comércio (FTC) contra o grupo progressista Media Matters. A medida representa uma vitória importante para a organização, alvo de disputas legais com a plataforma X, de Elon Musk.
De acordo com o TechCrunch, a controvérsia começou em 2023, quando a Media Matters publicou um estudo revelando que anúncios de grandes empresas apareciam ao lado de conteúdo antissemita na rede social.
A divulgação levou à saída de anunciantes e ao processo da X contra a entidade e empresas do setor, sob acusação de promover boicote ilegal.
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A FTC iniciou uma investigação para apurar se havia conluio entre a Media Matters e anunciantes. No entanto, a juíza Sparkle L. Sooknanan considerou o processo abusivo e suspendeu as ações. Em sua decisão, destacou que o trabalho da organização se enquadra na proteção da Primeira Emenda.
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A magistrada afirmou que as exigências da FTC tinham caráter retaliatório e alertou para o risco de o governo punir entidades envolvidas em debates públicos e na produção jornalística. Ela também lembrou que Andrew Ferguson, atual presidente da comissão, já havia manifestado interesse em investigar grupos progressistas críticos à desinformação online.
A decisão não encerra a disputa judicial, mas reduz a pressão sobre a entidade. Mesmo assim, os processos movidos pela X já impactaram o grupo, que demitiu funcionários e enfrentou restrições financeiras.
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Sooknanan observou ainda que a investigação da FTC produziu efeitos negativos adicionais, levando a Media Matters a desistir de reportagens relacionadas ao órgão regulador, ao presidente Ferguson e ao próprio Musk. A FTC não comentou se pretende recorrer.