Lançar foguetes e satélites, um negócio que se torna cada vez maior

Previsões do relatório da Deloitte são baseadas em entrevistas com 60 executivos da indústria aeroespacial

Crédito: NASA

Rachael Zisk 2 minutos de leitura

A consultoria Deloitte acaba de lançar um relatório com previsões sobre o potencial de crescimento da indústria aeroespacial. O estudo combina dados de mercado com entrevistas feitas com líderes do setor.

O objetivo é fornecer informações para que executivos de outros setores possam incorporar partes dessa atividade em seus próprios negócios.

‘Para a indústria espacial crescer e alcançar as expectativas contidas nessas previsões, será preciso que as empresas do ranking Fortune 500 entendam e visualizem as oportunidades que se abrem e que estejam dispostas a arriscar”, diz Alan Brady, um dos autores do relatório.

Para realizar o estudo, os analistas entrevistaram 60 executivos da indústria aeroespacial sobre várias áreas de negócios para identificar onde a inovação está acontecendo, quais segmentos têm maiores chances de experimentar crescimento significativo nos próximos anos e quais tecnologias poderiam ser comercialmente viáveis mais adiante.

Entender o que significa crescimento, nesse contexto, não é tão simples. Os analistas levam em conta diversas métricas:

1. O crescimento exponencial do número de lançamentos nos últimos anos

2. O montante de investimento sendo aplicado em vários segmentos

3. Sinais de demanda do governo por certos produtos e serviços

4. O número de novos satélites programados para entrar em órbita

A lista dos setores mais propensos ao crescimento, no entanto, foi montada a partir de dados fornecidos pelos executivos entrevistados.

Fonte: Deloitte Insights

- Liderança no setor: os analistas identificaram vários segmentos que têm maior probabilidade de ficar à frente em termos de crescimento nos próximos três anos. Por ordem: integração de satélites, componentes, lançamento de veículos espaciais, serviços de valor agregado e transporte de carga.

- Maturidade para inovação: serviços, manufatura aditiva e sustentabilidade foram as áreas identificadas pela Deloitte em que a tecnologia pode se beneficiar das viagens espaciais, numa perspectiva futura.

- A questão espacial: os analistas da Deloitte ainda estão tentando despertar o interesse das grandes empresas e mostrar a elas que a tecnologia espacial pode e deve ser parte de suas estratégias.

“Espero que os mercados de capitais e nós, como indústria, encontremos um modo de preservar aquilo de mais precioso que há no espírito de experimentação, diversidade e variedade, sem deixar de buscar caminhos comercialmente viáveis para o desenvolvimento de vários segmentos desse setor”, diz Brady.

Este texto foi publicado originalmente no Payload e reproduzido com permissão dos editores.


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