MECA e Dream Factory firmam sociedade e planejam novos eventos para 2023
A meta de faturamento da empresa para 2023 é de R$20 milhões e conteúdo se tornará parte importante do negócio
O ano de 2023 promete ser ainda mais repleto de eventos culturais no Brasil, e o MECA fará parte desse momento com uma novidade. A plataforma multicultural fundada em 2010 pelo empresário Rodrigo Santanna anunciou a associação com a Dream Factory, empresa de entretenimento ao vivo e parte do Grupo Dreamers (organizador do Rock In Rock).
Com a negociação, Santanna mantém participação acionária e o cargo de CEO. “Manter os fundadores à frente é uma das premissas do modelo de fusões e aquisições da Dream Factory e a principal razão para eu os ter escolhido como sócios”, afirma Santanna. “Além de poder contar com o maior ecossistema de entretenimento ao vivo do país.”
"A sociedade com MECA é uma oportunidade de a Dream Factory diversificar as iniciativas de seu portfólio, com a empresa operando como um laboratório de inovações e um centro de inteligência cultural para o grupo”, diz Duda Magalhães, presidente da Dream Factory.
A sociedade foi anunciada junto com um novo posicionamento de marca: “onde pessoas, ideias, culturas e energias diferentes se encontram”. Com isso, o MECA amplia seu conceito de festival de música para plataforma multicultural. “O novo posicionamento vai reforçar o que a gente sempre foi: um festival que vai muito além da música”, diz Santanna.
Para 2023, o MECA planeja cinco eventos, além do investimento nos conteúdos de sua plataforma online, que foi dividida em quatro pilares: Love (cultura e entretenimento), Good (bem-estar e sustentabilidade), Next (tendências e inovação) e Rise (performance e longevidade).
o MECA está ampliando seu conceito de festival de música para plataforma multicultural.
Ao longo do ano, serão cinco festivais: em Caraíva (BA), Brumadinho (MG), Porto Alegre (RS), Rio de Janeiro (RJ) e São Paulo (SP). A expectativa é de que os eventos atraiam cerca de 40 mil pessoas. Na parte de conteúdo, chega o novo MECA (100+), projeto on e offline que celebra as pessoas de destaque no universo da plataforma.
Segundo Santanna, a meta de faturamento para 2023 é de R$20 milhões. Os festivais representam hoje cerca de 70% desse total.
"Temos uma visão de longo prazo e um planejamento muito claro de onde queremos estar em cinco, 10, 20 anos. Para chegar lá, investir em novos formatos e continuar melhorando a qualidade da experiência dos festivais é uma das nossas prioridades no curto prazo”, afirma o CEO.
CONTEÚDO COMO NEGÓCIO
A ideia é que, em menos de 10 anos, o MECA seja uma empresa principalmente de conteúdo. Hoje essa área representa entre 15% e 20% do negócio.
“Os festivais continuarão existindo como fonte de criação de conteúdo e como forma de fortalecer a conexão com a nossa comunidade. Mas é através dos nossos canais proprietários de mídia – site de curadoria de conteúdo, publicação impressa de jornalismo cultural e newsletter eletrônica semanal – e das redes sociais que vamos crescer e escalar exponencialmente o nosso negócio”, explica Santanna.
O MECA tem mais dois projetos para 2023, ainda não divulgados, além de uma primeira investida fora do Brasil. A empresa tem estudado a viabilidade e pesquisado locações em São Paulo para trazer de volta o MECA (Spot), que ficava no bairro de Pinheiros, com café, loja, galeria de arte temporária e espaço cultural com programação gratuita de shows, palestras e feiras de marcas independentes.
Graças à sociedade com a Dream Factory, a empresa pensa no desenvolvimento urbano, com um projeto no litoral do Nordeste ou na costa do Uruguai. “Produzimos os eventos que a gente gostaria de ir. Geramos os conteúdos que a gente gostaria de consumir. Construímos os lugares que a gente gostaria de frequentar.”