NASA lança satélite que identifica vazamento de metano em qualquer lugar do mundo

Satélite é capaz de detectar vazamentos de metano em locais específicos, como refinarias de petróleo e aterros sanitários

Créditos: Jametlene Reskp/ NASA/ Unsplash

Nichola Groom 1 minutos de leitura

Uma coalizão que utiliza tecnologia desenvolvida pela NASA e conta com o apoio de filantropos, incluindo o ex-prefeito de Nova York Mike Bloomberg, lançou na sexta-feira (dia 16) o primeiro de uma série de satélites projetados para identificar vazamentos de metano, um gás que contribui significativamente para o aquecimento global, a partir do espaço.

O lançamento, que ocorreu a bordo da missão SpaceX Transporter-11 Rideshare, é um marco para a Carbon Mapper Coalition, formada em 2021. A parceria inclui o Laboratório de Propulsão a Jato da NASA, a empresa de satélites Planet Labs, o RMI e a Universidade Estadual do Arizona.

O satélite, batizado Tanager-1, será capaz de detectar vazamentos de metano em locais específicos, como refinarias de petróleo e aterros sanitários. A tecnologia tem como objetivo ajudar indústrias poluidoras a localizar e conter vazamentos. Os dados estarão disponíveis em um portal público online.

A Carbon Mapper planeja lançar outros satélites que, juntos, poderão rastrear até 90% das grandes emissões de metano em todo o mundo diariamente.

Cientistas afirmam que identificar as fontes de vazamento do gás é essencial para fazer os drásticos cortes necessários de emissões para evitar os piores impactos das mudanças climáticas.

“Há mais impulso do que nunca para agir contra as mudanças climáticas. Mas a falta de investimento público e privado no monitoramento global de metano e CO2 deixou lacunas que fazem com que muitas emissões não sejam rastreadas e tratadas”, disse Richard Lawrence, fundador da High Tide Foundation, uma das entidades financiadoras do projeto.

    O metano é mais de 80 vezes mais potente do que o dióxido de carbono em seus primeiros 20 anos na atmosfera.

    “Superemissores”, ou fontes que emitem mais de 100 quilos de metano por hora, podem ser responsáveis por 20% a 60% das emissões totais de uma região em alguns setores, segundo Riley Duren, CEO da Carbon Mapper.


    SOBRE A AUTORA

    Nichola Groom é correspondente da agência Reuters em Los Angeles. saiba mais