Número de bilionários cai, mas ainda há milhares deles pelo mundo

A maior queda foi entre os asiáticos. Nova York, Hong Kong e São Francisco são as cidades que concentram a maior quantidade de super-ricos

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Michael Grothaus 2 minutos de leitura

Os anos da pandemia viram surgir um boom de riqueza entre os mais abastados. Em 2020 e 2021, um novo membro entrava para o clube dos bilionários a cada 30 horas, segundo a Oxfam International (confederação de entidades que atuam na busca de soluções para a pobreza, a desigualdade e a injustiça).

Mas, de acordo com um novo relatório da empresa de inteligência de dados Altrata, 2022 não foi tão bom para os super-ricos. De fato, tanto a quantidade de bilionários quanto o valor total de sua riqueza caíram no ano passado.

o “nervosismo” na economia, que causou a demissão de milhares de pessoas, não poupou nem os ocupantes do topo da pirâmide.

O Censo dos Bilionários 2023 da Altrata examinou dados sobre a classe dos bilionários e descobriu que, em 2022, havia 3.194 deles no mundo, o que dá 3,5% a menos do que no ano anterior.

Além disso, a riqueza total dos membros desse clube teve redução de 5,5%, caindo para US$ 11,1 trilhões. Curiosamente, em alguns lugares a perda foi maior que em outros.

É o caso da Ásia, onde foi registrada a maior redução no número de bilionários – 7,1%, num total de 835 pessoas. Atrás dos asiáticos vem América Latina e Caribe, com queda de 3,4% (em números absolutos, 141 pessoas).

A terceira maior queda foi na América do Norte, com 2,3% (agora o total de bilionários na região é de 1.011).  Na África, o número ficou estável (46 pessoas). A região do Pacífico foi a única a ganhar mais super-ricos no ano passado: 41 bilionários a mais (2,5% acima de 2021).

a riqueza total dos membros desse clube teve redução de 5,5%, caindo para US$ 11,1 trilhões.

Mas o que teria causado a redução no número de bilionários em 2022? Segundo a Altrata, isso de deveu à queda no mercado de capitais, que provocou elevação das taxas de juros, inflação e uma maior cautela por parte dos investidores.

Como resultado, a Nasdaq caiu 32% no ano e o índice S&P 500, 18%. Em outras palavras, o “nervosismo” na economia, que causou a demissão de milhares de pessoas, não poupou nem os ocupantes do topo da pirâmide.

Outro dado interessante levantado pelo estudo da Altrata é sobre as cidades com maiores concentrações de bilionários. Para surpresa de ninguém, os Estados Unidos tinham o maior número de super-ricos em 2022, com um total de 955 pessoas. Em seguida vem a China (357) e a Alemanha (173).

No que diz respeito a cidades, Nova York aparece em primeiro lugar, com 136 bilionários, logo à frente de Hong Kong (112) e São Francisco (Califórnia), com 84. O relatório completo pode ser conferido aqui.


SOBRE O AUTOR

Michael Grothaus é escritor, jornalista, ex-roteirista e autor do romance "Epiphany Jones". saiba mais