ONG de Gisele Bündchen financia regeneração de biomas brasileiros

Sete organizações vão receber, ao todo, mais de R$ 1 milhão do Fundo Luz Alliance, lançado pela modelo em 2020

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Redação Fast Company Brasil 2 minutos de leitura

O Brasil vive uma batalha para proteger e recuperar suas florestas e biomas. A partir do momento que começam a ser destruídos, seja por ação humana direta (poluição, queimadas, derrubada de mata em áreas de proteção ambiental) ou indireta (fogo, inundações, secas), há grandes riscos para diferentes áreas.

Segundo o Relatório Anual de Desmatamento no Brasil (RAD), do MapBiomas, o desmatamento no país aumentou 20% em 2021, o equivalente a 16.557 quilômetros quadrados da cobertura de vegetação nativa.

A agropecuária foi a principal responsável, com percentuais acima de 97%. A seguir vêm o garimpo, a mineração e a expansão urbana. A Amazônia foi o bioma que mais perdeu área de vegetação: de cada 10 quilômetros quadrados desmatados no Brasil no ano passado, 5,9 eram na região amazônica.

Do outro lado dessa guerra, diferentes organizações buscam preservar os recursos naturais brasileiros. Criado em abril de 2020, o Fundo Luz Alliance anunciou que vai destinar mais de R$ 1 milhão a projetos socioambientais voltados aos seis biomas brasileiros (Amazônia, Caatinga, Cerrado, Mata Atlântica, Pampa e Pantanal), além da Zona Costeira e Marinha.

O fundo é uma iniciativa conjunta da Luz Foundation – ONG criada pela modelo Gisele Bündchen em 2007 para apoiar causas humanitárias, educacionais e ambientais – em conjunto com a BrazilFoundation, organização dedicada a promover o desenvolvimento e a equidade.

"o social e o ambiental precisam andar juntos. Todo projeto que protege a natureza está também protegendo a nossa vida."

Alinhado à convocação da Década da Restauração dos Ecossistemas pela ONU, o foco do Fundo Luz Alliance em 2022 é apoiar organizações da sociedade civil que trabalham pelo equilíbrio e preservação do ecossistema.

“Uma coisa que aprendi nos últimos anos é que o social e o ambiental precisam andar juntos. Todo projeto que protege a natureza está também protegendo a nossa vida. O ar que respiramos, os alimentos que ingerimos, a energia que usamos e os materiais de que precisamos para todos os fins, são todos frutos da interação desta biodiversidade”, afirma Gisele.

“Se queremos promover mudanças verdadeiras e duradouras, é preciso engajar as comunidades, educando a população e mostrando os reais benefícios da preservação para a vida de todos, inclusive, financeiramente. Para que possamos continuar usufruindo de todas as riquezas que a natureza nos oferece, precisamos dela viva, precisamos das florestas em pé e de um ecossistema em equilíbrio”, defende ela.

PROJETOS SELECIONADOS

Os projetos selecionados para receber apoio visam ajudar a conservar a biodiversidade e a proteger os ecossistemas, espécies e nascentes. São iniciativas que promovem meios de vida mais sustentáveis por meio da implantação de sistemas de agroflorestas, reflorestamento, recuperação de rios e áreas degradadas e eco saneamento. 

Cada projeto será beneficiado com R$ 150 mil. São eles:

- Bioma Pantanal: Onçafari, que atua no Pantanal

- Bioma Cerrado: Instituto das Águas da Serra da Bodoquena (IASB), que atua em Bonito, no Mato Grosso do Sul

- Bioma Amazônico: Associação de Defesa Etnoambiental Kanindé, que atua na terra indígena Uru-eu-wau-wau, em Rondônia

- Bioma Pampa: Sociedade para a Conservação das Aves do Brasil (SAVE Brasil), com atuação no Rio Grande do Sul

- Bioma Caatinga: Associação de Pesquisa e Preservação de Ecossistemas Aquáticos (Aquasis), do Ceará, com atuação na Chapada do Araripe

- Bioma Mata Atlântica: Amigos de Iracambi, de Minas Gerais, com atuação na região de Muriaé


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