Pantys quer mudar situação de pobreza menstrual com sustentabilidade

Pantys quer reverter mais de R$ 600 mil em calcinhas absorventes para celebrar o Dia Internacional da Higiene Menstrual

Crédito: Pantys

Redação Fast Company Brasil 3 minutos de leitura

A Organização das Nações Unidas (ONU) reconheceu, em 2014, o direito das mulheres à higiene menstrual como uma questão de saúde pública e de direitos humanos. Porém, o acesso aos produtos de higiene íntima feminina não é uma realidade no Brasil e nem no mundo.

A falta de absorventes atinge 26% das meninas entre 15 e 17 anos no Brasil.  Nas ruas e prisões, miolo de pão e jornal são utilizados para conter o fluxo. A situação ganhou as manchetes, evidenciando ainda mais a crise.

Para conscientizar a população sobre a importância da dignidade menstrual, a marca de calcinhas absorventes Pantys (única no mundo testada clinicamente) realizou, pelo segundo ano consecutivo, manifestação digital para alertar sobre a pobreza menstrual, que atinge mais de 500 milhões de mulheres.

“A menstruação não é um assunto incentivado a ser abordado nos lares, escolas, rodas de conversas e entre amigos. Também sofremos com a falta de infraestrutura”, afirma Emily Ewell, sócia-fundadora da Pantys.

A falta de absorventes atinge 26% das meninas entre 15 e 17 anos no Brasil.

“Convidamos a população, e também as marcas, a repensarem sobre o tema.  Para nós, é papel das marcas trazer maior conscientização, para que o problema seja discutido, visível e combatido de uma forma mais unida e forte.”

O evento aconteceu em maio, mês no qual acontece o Dia Internacional da Higiene Menstrual, com a realização de debates além de doações de personalidades como Jojo, Taís Araújo, Sophia Abraão e Paloma Bernardi. O objetivo é reverter mais de R$ 600 mil em calcinhas absorventes.

Em 2021, a marca engajou mais de 20 milhões de pessoas. Somando todas as publicações e o apoio de celebridades, a Pantys reverteu R$ 480 mil em calcinhas absorventes e salvou da pobreza menstrual – com produtos reutilizáveis – 23 ONGs.

A Pantys também chama atenção para a conscientização sobre o impacto ambiental que uma mulher, durante a vida fértil, pode produzir: são aproximadamente 450 ciclos menstruais, que totalizam em média 180 quilos de absorventes, descartados como lixo orgânico no meio ambiente.

A calcinha absorvente também visa diminuir drasticamente o lixo gerado pelo descarte dos absorventes tradicionais.

A calcinha absorvente também visa diminuir drasticamente o lixo gerado com o descarte, sem falar na economia em relação ao gasto com as opções descartáveis. “No Brasil, 15 bilhões de absorventes são descartados todos os anos. A conscientização do impacto ambiental é fundamental”, diz Emily.

PLANOS PARA O FUTURO

“Depois de vermos o sucesso das calcinhas absorventes nos Estados Unidos e em outros países, achamos que elas poderiam ser uma ótima opção para revolucionar o mercado brasileiro”, afirma Emily. Segundo ela, grande parte das brasileiras não se mostrava completamente satisfeita com os produtos à disposição no mercado, sem contar com a quantidade de lixo descartada – pois as consumidoras ainda são mais inclinadas ao uso de absorventes comuns. Ou seja, a Pantys precisava de uma calcinha muito mais absorvente.

No Brasil, 15 bilhões de absorventes são descartados todos os anos.

Com esse desafio em mente, a empresa desenvolveu um produto que combina funcionalidade, design, higiene, sustentabilidade e com o dobro da capacidade de absorção em relação a marcas estrangeiras.

Desde 2017, a Pantys tem crescido pelo menos dois dígitos, fechando o ano passado com mais de mil pontos de venda pelo Brasil. Os próximos passos incluem a consolidação internacional, iniciada em 2021, e a entrada em novas categorias, como absorventes reutilizáveis. “Estamos atingindo pessoas ao redor do mundo graças ao e-commerce, mas também por meio de parcerias com grandes varejistas, como galerias em cidades da Europa. Nosso objetivo é expandir ainda mais a marca para outros países, sempre levando o propósito social e ambiental como pilar”, afirma Emily.


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