Quando a geração Z vence nas Olimpíadas, o TikTok é a prioridade
As ginastas da equipe dos EUA, lideradas por Simone Biles, são ouro nas redes sociais
As ginastas olímpicas dos EUA impressionaram o mundo nos últimos dias. Além de Simone Biles se tornar a ginasta feminina mais condecorada de todos os tempos, as atletas garantiram o ouro na competição por equipes.
Após a vitória, a rede de TV norte-americana NBC registrou um momento delicioso: Biles e Suni Lee conversando sobre o que pensavam em postar no TikTok.
“Quero fazer um vídeo ‘mastigando’ a medalha”, disse Biles, ao que Lee respondeu, “Ok, quero fazer um dizendo: ‘imagine se não tivéssemos vencido’”. O momento viralizou e os fãs ficaram ansiosos para ver estes conteúdos na plataforma.
Poucas horas depois, os vídeos foram ao ar e frases parabenizando a equipe e comemorando a vitória logo inundaram as caixas de comentários.
A geração Z ama o TikTok. Mas, em um momento tão inspirador e alegre, é fascinante ver atletas olímpicas discutindo como vão documentar tudo online.
Claro, o momento já seria registrado nos portais de notícias, sites e redes sociais. Mesmo assim, as ginastas vencedoras do ouro queriam mostrar esta ocasião tão importante sob suas próprias perspectivas.
Durante a coletiva de imprensa, Biles falou sobre a liberdade que os atletas conquistaram nos últimos anos. “Costumavam tentar nos colocar em uma caixa. Falavam: ‘se você não agir desse jeito, não terá sucesso’”, disse ela.
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“Agora podemos mostrar nossas personalidades e nos divertir. Mas também sabemos que, quando entramos no tablado, temos que trabalhar duro e mostrar resultados. Não precisamos mais ser colocados em uma caixa.”
Hoje em dia, atletas e celebridades têm cada momento de suas vidas documentado e examinado. A especialista em mídia social e fundadora da OutThinkMedia, Cindy Marie Jenkins, diz que o uso de redes sociais pela equipe é característico da geração Z, pois estão “no controle da sua própria narrativa”.
“Registrando suas experiências singulares em um dos eventos internacionais mais bem documentados, elas convidaram seus seguidores a participar de sua história e compartilharam sua narrativa antes que fosse escrita pelos grandes veículos de mídia”, ressalta Jenkins.
“Tenho certeza de que elas postariam vídeos interessantes mesmo que perdessem, já que uma presença forte nas redes sociais é essencial para qualquer atleta de carreira, especialmente quando se trata de patrocínios e contratos com marcas. Mas Biles e suas companheiras de equipe oferecem aos seus seguidores flashes divertidos da vida de uma ginasta”, acrescenta.
