SpaceBR Show discute participação brasileira na exploração espacial

Evento, que acontece em maio, também contará com espaço para pitches de startups do setor

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Redação Fast Company Brasil 3 minutos de leitura

A indústria aeroespacial norte-americana é conhecida por seus feitos e pela sua força. Um mercado ainda com muito potencial segundo relatório recente da Deloitte e que inspira outros países como o Brasil, que ainda enfrenta muitos obstáculos.

"O principal desafio das empresas brasileiras é se preparar para entrar no mercado global. Não dá para ficar esperando o governo contratá-las; elas precisam estar prontas para oferecer seus serviços fora do Brasil, incluindo as empresas privadas", afirma Emerson Granemann.

Engenheiro cartógrafo, Granemann é o fundador e CEO

Emerson Granemann (Crédito: Divulgação)

da MundoGEO, organizadora do SpaceBR Show, evento focado nas oportunidades do setor espacial. "Esperamos que o setor aeroespacial brasileiro se integre com o New Space, movimento global que incentiva um maior envolvimento das empresas privadas na área espacial."

A terceira edição, que acontece entre os dias 9 e 11 de maio, em São Paulo, terá como tema "Exploração Espacial e Novos Negócios". O fórum contará com painéis, seminários e cursos sobre temas como a reativação da base de lançamentos de Alcântara, no Maranhão, e as aplicações do setor em áreas como medicina, nutrição e turismo espacial. “Esses setores estão em expansão e precisam de ampla discussão e divulgação", afirma Granemann.

No caso do setor de saúde, muitos avanços da indústria farmacêutica e da medicina ocorreram graças a pesquisas realizadas no espaço, especialmente a bordo da Estação Espacial Internacional (ISS). A estação recebe experimentos enviados especialmente para serem testados em ambiente de microgravidade.

o ambiente espacial já facilitou o desenvolvimento de vacinas e de novas formas de se pensar sobre uma série de doenças.

Além disso, o ambiente espacial já facilitou o desenvolvimento de vacinas e de novas formas de se pensar sobre uma série de doenças. É o caso da osteoporose, cujo tratamento ganhou uma nova abordagem, e do aperfeiçoamento dos sistemas de tomografia computadorizada e de ressonância magnética.

“Com o acesso ao espaço cada vez mais fácil e barato, a indústria farmacêutica tem intensificado os estudos na microgravidade. Um dos focos principais é o desenvolvimento de medicamentos para o tratamento do câncer", conta Granemann.

Outro setor bastante relevante da indústria é o de drones. Até 2026, o mercado global deve movimentar US$ 41,3 bilhões, segundo a Drone Industry Insights, com equipamentos altamente tecnológicos, que podem ser usados em diversas situações, como inspeções (obras, pontes, prédios, rodovias etc), monitoramentos, entregas para o varejo e limpeza de fachadas, entre outras.

Segundo a Agência Nacional de Aviação Civil (Anac), o número de empresas registradas para usar drones aumentou 50,4% entre 2017 e 2022. Isso refletiu também na quantidade de drones para uso profissional: enquanto em 2017 eram apenas 5,4 mil equipamentos registrados, em 2022 já eram mais de 41 mil.

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Até 2026, o mercado global de drones deve movimentar US$ 41,3 bilhões

Pitch. Foram 17 startups inscritas, que agora passam por um comitê de experts antes de se apresentarem a uma banca de jurados. Composto por investidores, empreendedores e líderes do ecossistema, o júri fará a escolha das finalistas.

"Esperamos que as startups apresentem soluções para problemas existentes, com inovação e que se provem técnica e economicamente viáveis", afirma Granemann. As selecionadas serão notificadas até 15 de abril e os pitches serão realizados em 11 de maio.

Os três finalistas receberão US$ 17,5 mil em créditos para o desenvolvimento de projetos utilizando os serviços de computação em nuvem da Amazon Web Services, uma premiação em dinheiro no valor de R$ 5,5 mil oferecida pela MundoGEO e bolsas do Space Founder.


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