Substituição de humanos por IA pode economizar US$ 1 trilhão para empresas

Grande parte dessa economia viria da redução de pessoal e da substituição gradual de funções por automação

Crédito: Hyundai Motor Group/ Pexels

Jennifer Mattson 1 minutos de leitura

Não faltam manchetes sobre como a inteligência artificial vai acabar com empregos. É o tema que todos amam odiar, mas que ninguém, muito menos a mídia (culpada confessa), consegue parar de discutir.

Para líderes de negócios, porém, a questão central é outra: como a revolução da IA vai impactar os resultados financeiros. Um novo relatório do Morgan Stanley tenta responder a essa pergunta – e as conclusões são ambiciosas.

Segundo o banco, a adoção corporativa da IA tem potencial para economizar quase US$ 1 trilhão por ano. O estudo, intitulado “AI Adoption and the Future of Work” (Adoção de IA e o futuro do trabalho), analisou os efeitos da automação e da ampliação de tarefas pela IA em empresas do índice S&P 500. A projeção é de US$ 920 bilhões em benefícios líquidos anuais, combinando cortes de custos e aumento de produtividade.

Grande parte dessa economia viria da redução de pessoal e da substituição gradual de funções por automação, à medida que a produtividade cresce. No horizonte de longo prazo, o relatório prevê ainda um impacto potencial de US$ 13 a 16 trilhões em valor de mercado adicional para as empresas do S&P 500.

Mas os ganhos não virão de imediato. O Morgan Stanley alerta para custos iniciais significativos durante a implementação e um prazo de anos até que os retornos apareçam.

O estudo estima que 90% dos empregos serão afetados, em algum nível, pela automação e pela complementação com IA. Mas isso não significa que todos ficarão obsoletos.

As maiores economias devem ocorrer em setores como distribuição de bens de consumo, varejo, gestão e desenvolvimento imobiliário e transporte, todos com potencial de superar 100% dos lucros projetados para 2026 antes de impostos. Já segmentos como hardware, equipamentos tecnológicos e semicondutores não devem ter benefícios tão expressivos.


SOBRE A AUTORA

Jennifer Mattson é colaboradora da Fast Company e escreve sobre trabalho, negócios, tecnologia e finanças. saiba mais