UP debate protagonismo de educação e comunidades nas mudanças sociais

Congresso aborda tecnologias sociais como processos de longo prazo que levam à transformação da sociedade

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Redação Fast Company Brasil 2 minutos de leitura

A comunidade como protagonista de mudanças e como as tecnologias sociais podem mudar o cenário de pobreza no Brasil foram os temas que conduziram a conversa no segundo dia do congresso UP - Utopia Pragmática.

O evento, que acontece em São Paulo até sexta-feira (12/08),reúne o setor privado e investidores sociais para debater o uso das tecnologias sociais e o papel do investimento privado no Brasil, além de apresentar exemplos de projetos de sucesso.

“É por meio da educação que conseguimos nos ressignificar o tempo inteiro. Com ela diminuímos as exclusões e a inovação ganha um novo sentido”, afirmou Paulo Borges, coordenador do Instituto Quilombo Guarani, no painel “LED, Luz na Educação – a educação na perspectiva política de sociedade”.

Para a socióloga Helena Singer, o potencial do ser humano é ilimitado e por isso ele precisa ser o protagonista nos projetos, principalmente quando o assunto é inovação. “Não dá para vivermos mais do mesmo. Precisamos cada vez mais formar pessoas aptas a lidar com incertezas e produzir um mundo melhor, onde todos caibam”, analisou.

O painel contou ainda com a participação de Aline Santos, da Rede de Professores Synapse (um dos principais projetos de tecnologia social do IPTI), com mediação do jornalista Cauê Fabiano.

Projeto CLOC (criatividade, lógica, oportunidade e crescimento) do IPTI em Sergipe

COMO FAZER A DIFERENÇA

Onde e como os investimentos das empresas estão de fato fazendo a diferença foi o tema central do segundo debate, conduzido pela jornalista Gabriela Dias, com a participação de Rafael Marques, encarregado dos projetos de responsabilidade social da Globo; Anna Aranha, da Quintessa – que trabalha com integração estratégica de negócios de impacto positivo – e Saulo Barretto, do IPTI.

“As tecnologias sociais são modelos onde todo mundo se une para resolver um problema. É um processo de longo prazo para transformação social”, disse Saulo. Para ele, as empresas precisam se conectar e se engajar com as comunidades que vivem o problema.

“Tem solução e as empresas precisam construir soluções que ajudem no protagonismo das comunidades. É preciso olhar para a raiz das questões e não se preocupar apenas com a imagem”, alertou.

Para Rafael Marques, um dos principais pontos nesta jornada de investimento social privado é a capacidade de assumir riscos e como o board das empresas vê a importância de contribuir genuinamente com projetos de impacto positivo. “É preciso sair do lugar de sempre pensar em redução de riscos e custos e dar mais espaço para o propósito. É um trabalho de cultura das corporações, que vem de cima para baixo”, diz o executivo.

O UP é gratuito e organizado pelo IPTI (Instituto de Pesquisas em Tecnologia e Inovação), instituição de arte, ciência e tecnologia sem fins lucrativos que gera inovações capazes de promover o desenvolvimento humano a partir da criação de tecnologias sociais nas áreas de educação básica, educação empreendedora e saúde básica. Para se inscrever, acesse aqui.

Em tempo: o UP conta com patrocínio de SPX Capital, Bayer, Fundação Telefônica Vivo e Beja Instituto. No apoio do evento estão a Melhoramentos e Globo.


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