Brasil pode dobrar número de empregos com carros elétricos até 2050

Estudo aponta que a mudança para a mobilidade elétrica amplia o número de postos de trabalho e melhora a qualidade da renda

Crédito: Natalya Maisheva/ Getty Images

Jessica de Holanda 1 minutos de leitura

A produção de carros elétricos pode dobrar o número de empregos no Brasil até 2050, de acordo com pesquisa da Universidade de Campinas (Unicamp) e da Universidade de São Paulo (USP), apoiada pela Organização das Nações Unidas.

Esse avanço seria impulsionado principalmente pelo aumento das vendas de veículos elétricos e pelo fortalecimento da cadeia produtiva de baterias.

O levantamento, conduzido pelo Conselho Internacional de Transporte Limpo, destaca que o maior potencial de geração de empregos está no setor de serviços, que engloba áreas como engenharia, manutenção técnica, logística e comércio.

Para aproveitar esse cenário, os pesquisadores defendem que o Brasil precisa incentivar exportações e estabelecer metas mais ambiciosas de redução de emissões de carbono.

Nesse contexto, o programa federal Mover, voltado à promoção da mobilidade sustentável, surge como uma ferramenta estratégica para atrair investimentos e fomentar a indústria nacional de veículos elétricos.

O presidente da Associação Brasileira do Veículo Elétrico (ABVE) Ricardo Bastos, diz que o país precisa aproveitar o perfil do consumidor, que gosta de inovação, e as políticas públicas.

carro recaregando
Foto: José Cruz/ Agência Brasil

"Temos programas como Mover e redução do imposto de importação para criar o primeiro mercado com o veículo importado. A partir deste ano temos o início da produção de várias fábricas no Brasil, algumas fábricas importantes, inclusive montadoras chinesas, que vão começar a produzir veículos aqui".

A pesquisa ainda ressalta que a mudança para a mobilidade elétrica não só amplia o número de postos de trabalho como também melhora a qualidade da renda. Os salários na cadeia dos carros elétricos são, em média, 85% mais altos e mais bem distribuídos do que os praticados na indústria tradicional de veículos a combustão.


SOBRE A AUTORA

Jornalista formada pela Universidade Federal do Paraná (UFPR) com passagem pela BandNews, Portal RIC.com.br, JB Litoral e Massa FM. saiba mais