Na semana do dia internacional da mulher, lançamos nossa série de conversas com mulheres inspiradoras contando quatro histórias. São relatos únicos, com perspectivas e visões bem diferentes entre elas, sobre transformação pessoal, superação, aprendizado contínuo, reinvenção, criatividade e inovação. Inovação como adaptabilidade e uso da diferença para trilhar caminhos e superar obstáculos.
Nessas histórias encontram-se pistas preciosas para inspirar o caminho de outras mulheres, escancarando o feminino como força e diferença essencial e necessária para crescer. Daqui para frente, este espaço será dedicado a contar mais e mais histórias de liderança – e de teimosia, de solidariedade, de tentativa e erros, de acertos, de disciplina, de ideias geniais, de descobertas, de força, de dor, de alegrias, de recomeços. Seja muito bem vinde.
Consultora de criatividade e inovação, Cristina Naumovs desenvolve projetos para diversas marcas, levando para dentro das empresas as perguntas difíceis, como ela própria diz. Sua expertise está em lidar com gente, habilidade aprimorada durante o tempo em que atuou em diferentes veículos de comunicação. Fundadora da Apego Inc, Cris identifica a solidariedade como um importante ativo feminino. E destaca: existem palavras que precisam ser ditas nas reuniões de negócios. Uma delas é feminismo.
Raquel Virginia ficou conhecida nos palcos como uma das integrantes do grupo As Baias. No ano passado, ela decidiu empreender e lançou a agência Nhaí, focada em gestão de cultura e diversidade. Abrir uma empresa e fazê-la prosperar é sempre um desafio. Mas para as mulheres negras e também para as trans, como Raquel, as iniciativas envolvem ainda mais complexidade. Como ela diz, resiliência faz parte de seu modelo de negócio.
CEO do grupo Mulheres do Brasil, Alexandra Segantin está na luta para aumentar a participação feminina nas esferas políticas desde que aderiu ao movimento. Atualmente, as mulheres representam 15% do Congresso Nacional. A proposta do grupo é fazer com que esse índice suba para 50%. Para isso, investe em tecnologia para dar mais visibilidade a candidatas e faz parcerias para preparar futuras lideranças políticas.
Das primeiras pesquisas feitas sobre o HIV até o sequenciamento genético do vírus da Covid-19, a imunologista Ester Sabino, da Faculdade de Medicina da USP, construiu uma carreira que a transformou em referência na ciência. Com essa experiência, ela critica o que parece ser um “algoritmo” que induz o esquecimento das mulheres cientistas e de suas contribuições para o progresso da sociedade.