Anatel alerta: TV Box pirata pode transformar sua casa em alvo de hackers; entenda como

Entenda como os malware em TV Boxes podem ameaçar milhões de usuários no Brasil

Homem segurando controle remoto e apontando pra TV
O Brasil lidera o ranking de afetados, com 1,8 milhão de dispositivos infectados. Créditos: Pixabay.

Guynever Maropo 2 minutos de leitura

A Agência Nacional de Telecomunicações (Anatel) realizou uma coletiva de imprensa, conduzida pelo conselheiro Alexandre Freire, para alertar sobre riscos de segurança cibernética associados às TV Boxes não homologadas. As também conhecidas como set-top box, são aparelhos capazes de transformar uma televisão convencional em uma smart TV.

Um estudo da agência identificou a presença de um malware sofisticado, chamado Bad Box 2.0, em diversos modelos clandestinos. O software malicioso pode comprometer dados pessoais e transformar os aparelhos em ferramentas de atividades criminosas sem o conhecimento do usuário.

Segundo o governo federal, esses dispositivos vendidos são irregularmente usados principalmente para pirataria, mas o problema ultrapassa a violação de direitos autorais.

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As análises mostraram que muitos equipamentos funcionam com softwares maliciosos pré-instalados ou instalados remotamente. Mesmo em modo de espera, eles geram tráfego de dados suspeito e podem ser utilizados para manipulação de informações pessoais, fraudes na internet e acesso indevido a sites de bancos e tribunais.

A ameaça tem alcance mundial, com alertas emitidos pelo FBI (Federal Bureau of Investigation), nos Estados Unidos, e por centros de segurança cibernética da Irlanda e de Portugal. A Google entrou com uma ação judicial em Nova York contra os responsáveis pela rede Bad Box 2.0. O Brasil lidera o ranking de afetados, com 1,8 milhão de dispositivos infectados.

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Principais riscos identificados

O malware pode ser usado para:

  • Roubo de credenciais em contas pessoais.
  • Fraudes publicitárias com geração de cliques falsos.
  • Ataques DDoS contra serviços digitais.
  • Transformação de redes domésticas em pontos de atividades ilícitas.

Conscientização e proteção

A agência reforça que todo equipamento de telecomunicação comercializado no Brasil deve ser homologado. O processo garante que o produto atenda a requisitos de qualidade e segurança. A recomendação é verificar se o dispositivo é homologado pelo portal oficial da agência

A Superintendência de Fiscalização destacou que a atuação vai além da regulamentação. O objetivo é proteger usuários de fraudes, preservar dados pessoais e assegurar concorrência leal no mercado digital.

Para reduzir riscos, a orientação ao público inclui:

  • Utilizar apenas dispositivos homologados pela Anatel.
  • Evitar downloads de softwares ou firmware de fontes não confiáveis.
  • Manter sistemas operacionais atualizados.
  • Desligar imediatamente aparelhos, como TV Boxes, que apresentem sinais de comprometimento.

SOBRE A AUTORA

Jornalista, pós-graduando em Marketing Digital, com experiência em jornalismo digital e impresso, além de produção e captação de conte... saiba mais