De virada: mudança do nome do Facebook para Meta foi boa para a marca

Ria o quanto quiser dos avatares da Meta, mas a verdade é que a marca está indo muito bem

Crédito: Michael Ogungbe/ Unsplash/ Istock

Christopher Zara 2 minutos de leitura

Com todas as tentativas questionáveis de Mark Zuckerberg de vender ao público um metaverso que não existe, seria natural concluir que a Meta Platforms, empresa anteriormente conhecida como Facebook Inc., é um fracasso completo sob uma perspectiva de marca.

Mas não é o caso, de acordo com o mais recente FutureBrand Index, que classifica as 100 maiores empresas do mundo, com base em sua percepção global. A Meta é a quinta da lista deste ano, subindo impressionantes 44 posições em comparação com 2021, quando a empresa, que ainda se chamava Facebook, ficou em 49º lugar.

Apesar das muitas críticas ao rebranding da marca, houve claramente uma melhora em alguns atributos mensuráveis.

A marca Facebook ficou tão manchada que as pessoas a comparavam com as grandes empresas de cigarros.

Ela pode ser alvo de piadas por seus roteiros de produto confusos, avatares sem pernas e tentativas veladas de transformar suas principais plataformas de rede social em um novo TikTok. Mas, de um ponto de vista puramente focado na marca, a Meta tem algo muito importante a seu favor: não se chama mais Facebook.

Talvez esta seja uma das explicações para a marca ocupar uma posição tão alta no ranking. O Facebook foi uma empresa controversa desde o início, se envolveu em uma série de escândalos e recebeu muitas críticas nos anos que antecederam a abrupta mudança de nome.

Quando não estava semeando discórdia e ajudando regimes militares brutais pelo mundo, estava espalhando desinformação eleitoral e acabando com a autoestima de meninas adolescentes. A marca Facebook ficou tão manchada no final do ano passado que as pessoas a comparavam com as grandes empresas de cigarros.

DEIXANDO O PASSADO PARA TRÁS

É claro que um nome novo não resolve tudo, e o rebranding da Meta de forma alguma a redimirá de seus erros passados ou futuros. Mas se o ranking da FutureBrand pode nos revelar algo é que a estratégia de alinhar a identidade corporativa com a realidade virtual, em vez de mídia social, pode estar funcionando.

De acordo com a análise, a Meta teve uma pontuação particularmente boa este ano, em parte, porque os participantes da pesquisa passaram a ver nela uma visão de futuro, e não uma empresa presa ao passado.

a estratégia de alinhar a identidade corporativa com a realidade virtual pode estar funcionando.

Curiosamente, de acordo com a FutureBrand, rebrands anteriores de grandes empresas de tecnologia não tiveram o mesmo efeito positivo. O Google, por exemplo, caiu significativamente de posição quando sua empresa-mãe mudou de nome para Alphabet.

O índice, agora em seu oitavo ano, usa uma ampla gama de indicadores para determinar os rankings de percepção, incluindo “as opiniões de um grupo de especialistas altamente informado e altamente profissional”.

As 100 maiores empresas são escolhidas com base no valor de mercado determinado pela PwC. Outra coisa interessante sobre a lista de 2022 é que grande parte das que se destacaram não são marcas populares do ponto de vista do consumidor.

Abaixo, as dez primeiras:

1 . NextEra Energy

2 . Reliance Industries Limited

3 . CATL

4 . Tata Consultancy Services

5 . Meta Platforms

6 . Nvidia

7 . Apple

8 . Abbvie 

9 . TSMC

10 . ASML

Confira a lista completa aqui.


SOBRE O AUTOR

Christopher Zara é editor sênior de notícias da Fast Company e especializado em mídia, tecnologia, negócios, cultura e teatro. saiba mais