Restaurantes corporativos agora terão certificado de qualidade
Sodexo cria processo para aferir a qualidade de refeitórios dentro de empresas, fábricas, hospitais e outros ambientes privados
A demanda por sustentabilidade na alimentação incentivou a Sodexo On-Site a construir um modelo de certificação de qualidade para os restaurantes corporativos no Brasil. A iniciativa, inédita, visa promover a qualificação e a certificação das boas práticas no segmento de alimentação corporativa, em restaurantes que ficam dentro de fábricas, empresas e hospitais, por exemplo.
Com esse movimento, a Sodexo busca uma forma de liderar as práticas de ESG no segmento, que, de acordo com a Associação Brasileira das Refeições Corporativas (Aberc) serve 14 milhões de refeições por dia e emprega 250 mil colaboradores (dados de 2021).
A empresa partiu da demanda de clientes e consumidores para construir o modelo, começando por uma pesquisa para entender as expectativas e o novo momento de produção e consumo de alimentos nos ambientes dos restaurantes corporativos.
“A preocupação da Sodexo é genuína quanto à sustentabilidade e saudabilidade na alimentação. Temos que considerar as novas demandas dos consumidores quanto aos aspectos funcionais dos alimentos”, afirma Tomaz Peeters, executivo da Sodexo à frente da iniciativa, que conta com a participação da Associação Brasileira para a Promoção da Alimentação Saudável e Sustentável (Abpass).
COMO VAI FUNCIONAR A CERTIFICAÇÃO
O projeto piloto vai avaliar 150 cozinhas de restaurantes corporativos da Sodexo e classificará os locais em quatro categorias: diamante, ouro, prata e bronze.
O enquadramento dependerá do atendimento de uma série de requisitos que levarão em conta qualidade, sustentabilidade e segurança alimentar. As empresas serão avaliadas por diversos critérios, entre eles:
– Programação na formulação de cardápios variados, incluindo os especiais (por exemplo, vegano, vegetariano, com restrições de dieta);
– Ingredientes usados e técnicas de preparação;
– Perdas e desperdício de alimentos (inclusive sobras nos pratos dos consumidores);
– Doação de excedentes;
– Receitas sustentáveis;
– Cozinha inteligente (com redução do uso de recursos como água, óleo e gás).
A Abpass participa com o corpo técnico, composto por nutricionistas e profissionais especializados em alimentação, que vão coletar as informações nas cozinhas e fazer a inspeção virtual dos locais. O processo deve levar de quatro a seis meses, dependendo dos eventuais ajustes recomendados pela entidade.
“Os consumidores farão o controle da qualidade no dia a dia, ajudando a garantir que os padrões apontados na certificação sejam mantidos ou melhorados”, reforça Peeters. Segundo o executivo, processos de certificação fazem com que consumidores reconheçam os restaurantes como locais que oferecem uma experiência gastronômica diferenciada e de qualidade.
O selo não será gratuito: após a certificação, a empresa pagará um valor mensal que ajudará na manutenção do corpo técnico, na democratização ao acesso e na disseminação das melhores práticas em restaurantes corporativos de todo o país.