A IA substituirá o Google no iPhone? Veja o que diz executivo da Apple
A questão veio à tona na última quarta (7), quando o executivo da Apple, Eddy Cue, testemunhou no caso antitruste contra a Alphabet

Será a Inteligência Artificial o novo Google? Ao qual todos recorrem quando precisam pesquisar alguma informação nova, comprar algo ou até mesmo conhecer lugares novos. Essa questão veio à tona na última quarta-feira (7), quando o executivo da Apple, Eddy Cue, testemunhou no caso antitruste do Departamento de Justiça dos Estados Unidos contra a Alphabet, dona do Google.
Segundo o Usa Today, ele afirmou que a dona da marca da maça está "analisando ativamente" a adição de alternativas baseadas em Inteligência Artificial para substituir o Google como principal mecanismo de busca no Safari.
A estratégia busca responder à crescente popularidade de ferramentas de IA para obtenção de respostas rápidas e contextualizadas, reduzindo a dependência do Google nos dispositivos da Apple.
Atualmente, o Google paga à Apple cerca de 20 bilhões de dólares por ano para ser o mecanismo de busca padrão em seus aparelhos, um acordo que representa cerca de 36% da receita de publicidade da gigante de tecnologia. No entanto, o uso de IA tem mudado o comportamento dos usuários, que passaram a recorrer cada vez mais a assistentes virtuais e modelos conversacionais para buscas rápidas.
Segundo a Bloomberg News, as pesquisas realizadas no navegador Safari caíram pela primeira vez no mês passado, um declínio atribuído ao aumento do uso de ferramentas de IA. Provedores de busca baseados em Inteligência Artificial, como OpenAI e Perplexity, são apontados como potenciais substitutos, e a Apple já estuda a possibilidade de integrá-los em futuras atualizações do Safari.
O movimento ocorre em meio a uma disputa judicial entre o Departamento de Justiça dos Estados Unidos e a Alphabet, que envolve monopólio no mercado de buscas. Vale citar que a possível troca do Google por soluções de IA no Safari representa uma ameaça significativa para a receita da Alphabet, que já registrou uma queda de 8% em suas ações após o depoimento de Cue.
Para o analista da Baird, Colin Sebastian, mesmo com o avanço das ferramentas de IA, o Google tem reforçado seu mecanismo de busca com tecnologias como Gemini AI e AI Overviews, que melhoram a capacidade de gerar respostas em tempo real.
No entanto, o cenário competitivo pode se intensificar, caso a Apple avance nas negociações para incorporar alternativas de IA em seus dispositivos.