Proteção de dados e inteligência corporativa: o dilema das empresas em 2022

Crédito: Fast Company Brasil

Fast Company Brasil 2 minutos de leitura

As empresas estão nadando em dados. Recentemente, palestrantes do Fast Company Impact Council (Conselho de Impacto da Fast Company) – um encontro, fechado para convidados, de líderes de vários setores – aconselharam fortemente as lideranças empresariais a proteger as informações de clientes e de funcionários, embora também tenham exaltado as virtudes da exploração de dados para tornar as empresas mais rápidas e inteligentes. 

Seguem trechos editados do encontro:

Frank T. Young, presidente da Global Payments

“A grande tendência que quero destacar é a importância da privacidade e da segurança da informação. Esse assunto é enormemente relevante, mas os atores mal-intencionados não estão diminuindo a rapidez com que agem. Empresas privadas, empresas públicas e universidades precisam correr atrás se quiserem ficar dois passos à frente dos fraudadores e daqueles que fazem mau uso dos dados. Portanto, deve haver um foco maciço na segurança, mas também na privacidade do consumidor, especialmente nos EUA, considerando que antecipamos problemas que merecem a atenção do resto do mundo.”

Dan Streetman, CEO da TIBCO

“Minha previsão para 2022 é que a correlação entre a rapidez dos insights e o valor das decisões ficará mais clara. Aqueles que investiram nas tecnologias ou nos processos que os ajudam a se conectar, a gerenciar seus dados e, em seguida, a gerar previsões com esses dados serão os que executarão e liderarão, seja internamente (com os dados de suas próprias equipes), ou externamente (com os dados de seus clientes). Mas a grande questão é: como gerenciaremos essas tensões entre proteger os dados e tomar decisões mais rápidas e inteligentes?”

Jeff Titterton, diretor de operações da Zendesk

“Já estamos percebendo que as empresas realmente investirão em dados de agora em diante. Estou falando de empresas que coletam inteligência em torno de seus clientes para ajudá-los em pontos problemáticos, para entender proativamente o que está dando certo e o que está dando errado, para que possam se antecipar às dores do cliente e resolver esses problemas. A mesma coisa se aplica aos funcionários, reunindo as informações corretas sobre eles e escutando suas demandas, para que seja possível entender proativamente o que está acontecendo e ajudá-los.”

Jay Theodore, diretor de tecnologia da Esri

“A grande novidade que estamos observando é o reconhecimento de que estamos todos interconectados e interdependentes. Há muita complexidade em alguns dos problemas que estamos tentando resolver. Como a tecnologia pode ajudar a resolvê-los? Existem grandes volumes de dados, mas não usamos todos eles para tomar nossas decisões. A tecnologia pode ajudar na tentativa de ressaltar essas interdependências e correlações.

“Existe uma coisa chamada raio de explosão. Vou me referir a isso como o ‘raio de impacto’. Acho que chegamos a uma fase em que todas as nossas decisões terão um impacto enorme, seja positivo ou negativo, e é importante para as organizações, começando por aqueles que estão em cargos de chefia, ter em mãos as ferramentas certas para fazer aquilo que for o mais indicado.”


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