Quando o Social deixa de ser mídia e vira método

A 3ª edição do Livehub, plataforma de encontros criada pela Live the Agency, reuniu marcas, criadores e especialistas para discutir como cultura, comunidades e inteligência social estão reescrevendo o modo de fazer estratégia de comunicação no Brasil

Imagem de divulgação

Live The Agency 4 minutos de leitura

As redes sociais no centro das decisões de marketing. Esse é o pilar central de uma estratégia Social First, que tem sido utilizada por grandes marcas no Brasil e em diversos países do mundo e alavancando marcas e negócios a potências nunca antes vistas.

O avanço desse modelo tem relação direta com o papel que as plataformas digitais assumiram na jornada de compra. Hoje, Instagram, TikTok e Facebook funcionam não apenas como espaços de interação, mas como vitrines capazes de influenciar escolhas, estimular conversões e construir percepção de marca em tempo real levando em conta um fator importante: o algoritmo.

O Relatório de Varejo 2025, divulgado pelo Adyen, plataforma de tecnologia financeira, mostra que 64% da Geração Z escolhe varejistas que permitam que eles comprem pelas redes sociais. Ainda segundo a pesquisa, 55% dos entrevistados já usam as redes como canal de compras – 37% disseram que tendem a comprar um produto caso ele esteja em alta nesse ambiente.

NADA DE FORMATOS TRADICIONAIS

Agora, imagine o desafio de saber como inserir uma marca em um ambiente desses, com o social first rompendo a lógica dos formatos tradicionais, deixando de lado o caminho fácil da adaptação de campanhas criadas para outros canais para dar lugar à sua concepção dentro das próprias redes, de forma nativa.

Este foi o tema central da terceira edição do Livehub, realizado no dia 13 de novembro pela Live The Agency, reconhecida como parceira estratégica de negócios e de cultura dos clientes e que completa 20 anos em 2025 com marcas como Mondelez, Electrolux, Stanley, Amstel, TikTok, Wise, entre outras.

Livehub
LiveHub, promovido pela Live The Agency, trouxe na sua terceira edição temas relevantes para quem quer saber sobre o futuro do social first (Divulgação)

Além de trazer experiências de sucesso de grandes marcas para criadores e especialistas convidados, o encontro discutiu os próximos passos para quem quer estar preparado para novas ondas no social first, com a construção de marcas a partir de comunidades e o uso de inteligência social como insumo criativo e estratégico.

“Social First é sobre trazer essa lógica de comunicação como grande aliada no processo de criação de campanhas ou na forma que as marcas se relacionam com as pessoas no dia a dia, envolve mapear e estabelecer uma troca genuína com as comunidades que as marcas tocam e traçar estratégias a partir disso”, resumiu Bruno Poiani, diretor de Negócios e Marketing da LIVE The Agency.”

 Live the Agency
 Poiani, diretor de Negócios e Marketing da Live the Agency, falou sobre a importância de ir além do monitoramento de menções e mergulhar no entendimento profundo dos códigos, valores e tensões que movem diferentes grupos (Divulgação)

A JORNADA DA CONSTRUÇÃO DA MARCA

No painel com BIS, o debate entre Aline Rossin CEO da Live The Agency, e Ana Assis, diretora de Marketing da Mondelēz International, abordou como marcas que florescem no ambiente social são aquelas que compreendem linguagens, símbolos e movimentos espontâneos — e não apenas algoritmos. O ponto não é perseguir viralização, mas entender como grupos e comunidades atribuem significado a marcas e narrativas.

“A geração Z é formada por muitas rodas e muitas delas não se entendem, então a gente foi entender quais delas nos abraçariam.” exemplificou a executiva da Mondelēz.

Aline, da Live the Agency, e Ana, da Mondelez, contaram como foi o trabalho de construção da marca Bis nas redes sociais (Divulgação)
Aline, da Live the Agency, e Ana, da Mondelez, contaram como foi o trabalho de construção da marca Bis nas redes sociais (Divulgação)

Isabella Pipitone, executive creative director da LIVE The Agency, e Renata Cunha, gerente de marketing na Unilever ALA, discutiram o papel das comunidades e a regionalização nas estratégias de marketing. A relevância passa pela capacidade de criar estratégias que respeitem sotaques culturais, diferenças de consumo, referências imaginárias e repertórios simbólicos regionais. Não se trata de adaptar campanhas, mas de pensar com os territórios, não apenas sobre eles.

“Vejo muito a cultura como um motor que distribui resultados. A cultura é o algoritmo, porque ela tem o poder de amplificar.” pontou a gerente de marketing na Unilever.

3ª edição do Livehub, plataforma de encontros criada pela Live the Agency Isabella, da Live the Agency, e Renata, da Unilever, trouxeram para o público o papel das comunidades e a regionalização nas estratégias de marketing
Isabella, da Live the Agency, e Renata, da Unilever, trouxeram para o público o papel das comunidades e a regionalização nas estratégias de marketing (Divulgação)

FERRAMENTA ANTECIPA COMPORTAMENTOS

Um dos momentos mais aguardados pelos participantes foi o da apresentação do Culture Monitor (Beta), ferramenta proprietária da Live que combina análise de dados sociais, leitura cultural, IA e curadoria humana. Mais do que tecnologia, o lançamento reflete uma visão: cultura pode ser tratada como insumo mensurável para decisões de narrativa, produto e posicionamento.

A ideia desafia o modelo tradicional de pesquisa de tendência baseado em “buzz” e aposta num modelo contínuo de monitoramento cultural, no qual movimentos sociais ajudam a orientar prioridades de marca, da criação à inovação. Para saber mais, acesse www.culturemonitor.com

“Mais do que tecnologia, o lançamento reflete uma visão: cultura pode ser tratada como insumo mensurável para decisões de narrativa, produto e posicionamento. Com novas dinâmicas do consumidor e níveis de atenção cada vez mais baixos, não basta mais acertar só na mensagem, é preciso acertar no contexto”, analisou Mello.

A Live The Agency encerrou o evento abrindo convite para marcas interessadas em participar da fase de Beta do Culture Monitor e das próximas edições do Live Hub — reforçando a leitura que permeou todo o dia: o social deixou de ser lugar onde marcas falam; agora é o lugar onde marcas aprendem.

*Este é um conteúdo de marca.


SOBRE A AUTORA