Tom Litchford: “Estamos vendo uma fusão de comércio, redes sociais e entretenimento”
Eliminar o atrito na jornada de compra, olhar com atenção para as novas possibilidades trazidas pela tecnologia e amplificar a capacidade de navegar pela incerteza estão entre as metas da Amazon Web Services (AWS) trazidas por Tom Litchford, head global para varejo, nesta conversa com a Fast Company Brasil.
Quais são as prioridades de negócios da AWS para o varejo em 2022?
Para atender às demandas do cenário de varejo em constante evolução e navegar pela incerteza que está por vir, os varejistas precisam de tecnologias que os ajudem a permanecer ágeis, acelerar a inovação e experimentar constantemente para levar aos consumidores as experiências de compra sem atrito que desejam. Continuaremos focados em ajudar nossos clientes a eliminar o atrito na jornada de compra. A AWS oferece experiência em três áreas de varejo: melhorar os insights do cliente e a eficiência operacional; otimizar as operações de TI por meio de migração para a nuvem para melhorar os custos e a agilidade; e viabilizar engajamentos transformadores, ou seja, a transformação digital em propriedades digitais, propriedades físicas e cadeia de suprimentos.
Os varejistas enfrentam uma lacuna de profissionais especializados e precisam oferecer tecnologia, treinamento e plano de carreira para atrair talentos.
Quais são as alavancas de crescimento para 2022 e os principais riscos?
Os varejistas vencedores serão aqueles que ouvirem atentamente o que seus clientes estão pedindo, para então encontrá-los onde quer que estejam e da forma como preferem comprar. Eles enfrentam uma lacuna de profissionais especializados e precisam oferecer as melhores tecnologias, oportunidades de treinamento e planos de carreira para atrair e reter talentos. Além disso, devem descobrir como atender as necessidades de consumidores e funcionários para competir – e vencer – na próxima era do varejo. Este momento é diferente de qualquer outro e exigirá maneiras inteiramente novas de pensar, além de compromisso com a transformação.
Como a AWS vê a inovação? Quais são seus objetivos nessa área?
Estamos sempre focados em ajudar os varejistas a eliminar o atrito da jornada de compra, e isso é um dos principais diferenciais da AWS. Alguns exemplos de remoção de atrito incluem comércio de voz habilitado para Alexa (por exemplo: “Alexa, pague o gás”), compras sem checkout e serviços gerenciados como o Amazon Personalize, que permite que os desenvolvedores criem aplicativos com a mesma tecnologia de aprendizado de máquina usada pela Amazon.com para recomendações personalizadas em tempo real.
Em vez de “voltar ao normal” após o término da pandemia, eles devem continuar dobrando a inovação e a experimentação.
Qual é a tendência de varejo mais relevante no momento?
Os varejistas continuam investindo em sua jornada de transformação e não consigo pensar em um momento melhor para isso do que agora. Em vez de “voltar ao normal” após o término da pandemia, eles devem continuar dobrando a inovação e a experimentação. Isso inclui foco contínuo em propriedades digitais para melhorar a interatividade, vinculando a experiência digital à física (por exemplo, com serviços como comprar online e retirar na loja). Também precisam ter mais visibilidade e transparência em toda a cadeia de suprimentos, para melhorar a previsão e alocação de demanda.
Qual a sua visão sobre as oportunidades ofertadas por plataformas como Meta, Roblox, Microsoft, Epic Games, entre tantas outras, dentro deste cenário inovador?
Quando você olha para a mistura de comércio, redes sociais, entretenimento e gamificação, ainda estamos no início dessa jornada. Os varejistas estão apenas começando a experimentar diferentes plataformas à medida que exploram o que é possível no metaverso. Por exemplo, a Ralph Lauren está participando da plataforma Zepeto no metaverso e do site de jogos Roblox, onde os compradores podem vestir seus avatares com roupas da marca. Experimentar diferentes estratégias e plataformas virtuais permite que os varejistas vejam quais delas proporcionam a melhor experiência para seus clientes e se alinham à sua marca. Essa experimentação é fundamental porque, à medida que as gerações Z e Alfa atingem a maioridade, os varejistas correm o risco de ficar para trás se não tiverem uma estratégia corporativa de metaverso.