Missão da SpaceX vai testar rede de satélites para acesso à internet

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Uma das próximas missões da SpaceX enviará astronautas para o espaço, com o objetivo de contribuir com a comunicação e a saúde na Terra.

A missão Polaris Dawn, anunciada na segunda-feira, realizará três voos espaciais financiados por Jared Isaacman, bilionário do setor financeiro e piloto que comandou a missão Inspiration4 no ano passado.

Desta vez, tanto ele quanto a SpaceX apostaram alto. Os planos para a missão, prevista para ser lançada no quarto trimestre de 2022 (utilizando o foguete Falcon 9 e a cápsula Crew Dragon), incluem quebrar o recorde, estabelecido há mais de meio século, de 1.372 km de altitude na órbita terrestre, a maior desde a Apollo 17, e realizar a primeira caminhada espacial privada.

Assim como a missão anterior, a Polaris Dawn também arrecadará fundos para o St. Jude Children’s Research Hospital, hospital referência em tratamento de câncer infantil que atua sem nenhum custo para as famílias envolvidas. Isaacman quer ultrapassar os US$ 243 milhões arrecadados na Inspiration4 (valor que inclui uma doação de US$ 125 milhões feita por ele e sua esposa) para ajudar o hospital a expandir seus esforços para fora do território norte-americano.

O empresário e seus três companheiros de tripulação – o piloto Scott Poteet, um veterano da Força Aérea, e as especialistas Anna Menon e Sarah Gillis, ambas engenheiras da SpaceX – cumprirão uma extensa agenda de pesquisa, com experimentos biomédicos e testes de comunicação baseada em laser de acesso à internet da constelação de satélites Starlink.

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O sistema de retransmissão de dados, com maior capacidade de desempenho, pode permitir transmissões ao vivo durante a missão. Mas sua real contribuição será transformar os satélites Starlink em uma rede orbital de internet banda larga.

Apesar de detalhes sobre o segundo voo da missão ainda não terem sido definidos, o terceiro voo será o primeiro tripulado e utilizará o foguete Starship, da SpaceX. É um veículo reutilizável, que será acoplado ao propulsor Super Heavy, ainda em desenvolvimento. Mas, até o momento, não existe previsão sobre quando o voo acontecerá.

Isaacman ressalta sua esperança de que as conquistas e descobertas da missão gerem impactos reais na Terra. “Faremos muitos progressos em relação a viagens espaciais”, diz ele. “Mas não podemos ignorar os desafios e dificuldades que hoje enfrentamos na Terra.”


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