Por que muitos não gostaram do lançamento do GPT-5, segundo Sam Altman
O novo modelo de raciocínio revela a maneira como os usuários utilizam a plataforma

O lançamento do GPT-5, em 7 de agosto, foi apresentado pela OpenAI como um avanço revolucionário, com semanas de divulgação e uma transmissão ao vivo dos novos recursos. Porém, apesar da expectativa gerada pela empresa, a recepção do público foi diferente.
Usuários criticaram nas redes sociais a retirada de modelos considerados importantes e demonstraram confusão em relação às mudanças. E, posteriormente, o CEO da OpenAI, Sam Altman, explicou os motivos para a distância entre a promessa da empresa e a experiência prática dos usuários, o que justificaria a "decepção".
Leia também: Usuários forçam OpenAI a recuar em decisão sobre modelos do ChatGPT
Por que a insatisfação?
De acordo com o CEO, apenas 1% dos usuários gratuitos e 7% dos assinantes haviam utilizado um modelo de raciocínio antes do lançamento do GPT-5. Esses modelos demandam mais tempo e recursos para planejar, verificar e refinar respostas, mas oferecem resultados superiores em tarefas que exigem lógica.
No entanto, como para os usuários a prioridade é a rapidez e a conveniência, essa preferência explicaria a insatisfação com a retirada temporária do GPT-4o, que foi restabelecida após pressão da comunidade de assinantes. Na prática, segundo Sam Altman, os usuários estariam usando o ChatGPT de maneira errada.
GPT-5: um teste de paciência?
Os modelos de raciocínio funcionam como um modo avançado, mas exigem alguns segundos adicionais de processamento. Para os usuários, essa espera representa um incômodo, mesmo quando garante respostas mais precisas.
Leia mais: GPT-5: o que muda com o novo modelo da OpenAI para o ChatGPT
Assista também:
E quanto a usabilidade?
Segundo Chris Stokel-Walker, dados da empresa mostram que apenas um em cada quatro assinantes solicitam respostas mais completas.
Além disso, apenas um terço dos usuários que já experimentaram chatbots considera a tecnologia muito útil, enquanto um em cada cinco a classifica como pouco prática.
Esse comportamento indica que muitos ainda exploram apenas parte do potencial da inteligência artificial. Para mudar esse cenário, a OpenAI busca estratégias que tornem mais evidente a diferença entre interações rápidas e respostas estruturadas.
Leia também: Brasil está no top 3 de países que mais usam o ChatGPT
Qual é o ponto central?
No centro do debate está a forma como os usuários utilizam o ChatGPT: se para obter respostas imediatas ou para buscar resultados mais aprofundados. A disputa entre conveniência e qualidade segue como um dos principais desafios para o futuro do modelo GPT-5.
Com informações de Chris Stokel-Walker, em reportagem para a Fast Company.