10 expressões corporais a serem evitadas em reuniões e apresentações

Mais consciência em relação a postura e gestos transforma as reuniões de meras discussões em poderosas oportunidades de conexão

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Jacqueline Farrington 4 minutos de leitura

Sabe aquela vez em que você se preparou muito para uma reunião, mas ela não correu tão bem quanto você imaginava? Talvez tenha se sentido desconfortável e, por algum motivo, não conseguiu se conectar com a plateia. A culpada pode ter sido sua linguagem corporal. 

Sentir-se conectado ao público aumenta a confiança, estimula a participação e aumenta sua capacidade de influenciar. No entanto, muitas vezes prejudicamos nosso potencial de conexão sem nem mesmo perceber. Sinais não verbais negativos podem romper nosso vínculo com os colegas. 

Aprender a identificar e evitar essas 10 armadilhas relacionadas à linguagem corporal permite que você tenha mais controle sobre sua apresentação, aumente sua confiança e deixe sua marca nas reuniões.

1. Sentar na lateral 

Optar por uma cadeira encostada na parede em vez de sentar-se à mesa pode parecer um detalhe bobo, mas envia uma mensagem clara: "Não quero me envolver totalmente". Se você deseja ser ouvido e valorizado, o posicionamento à mesa é fundamental. Isso sinaliza disponibilidade e vontade de investir na conversa

2. Falta de atenção

A linguagem corporal não receptiva pode afastar seus interlocutores. Exemplos disso é quando você desvia o olhar dos demais, enterra o nariz no celular ou olha fixamente para a mesa.

Já a linguagem corporal amigável, como girar o tronco em direção a quem está falando, inclinar-se levemente e concordar com a cabeça de vez em quando, junto com o contato visual, expressa interesse e promove uma atmosfera colaborativa.

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3. Nariz em pé 

No cinema, existe um clichê que identifica o "cara descolado" apenas pela forma como ele se apresenta. É a pessoa que levanta o queixo e diz: "e aí, beleza?". O problema desse gesto é que ele pode parecer uma atitude de desdém, criando uma diferença psicológica de altura que implica superioridade.

Para promover um senso de igualdade e abertura, mantenha o seu olhar nivelado. Imagine que seu nariz, assim como a ponta de um avião, não se dirige para as nuvens nem desce para o chão quando cumprimenta alguém.

4. Pernas inquietas

Ficar mexendo ou batendo os pés embaixo da mesa, mesmo se você mantiver a parte superior do corpo calma, pode distrair os outros. Além disso, não combinar seu comportamento "acima da mesa" com o "abaixo da mesa" prejudica sua credibilidade. Seus colegas percebem a linguagem corporal desalinhada e tendem a dar mais importância aos tremores do que à calma.

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5. Concordar sem parar

Embora balançar a cabeça signifique concordância e aprovação, o aceno excessivo pode ser um tiro pela culatra. Isso pode incentivar as pessoas a falarem por mais tempo do que seria necessário e fazer com que você pareça querer agradar demais. Ou pior, que pareça impaciente e arrogante, só esperando a sua chance de interromper.

Equilíbrio é fundamental. Demonstre concordância quando for apropriado e pratique a escuta ativa sem ofuscar a conversa. 

6. Postura de adolescente entediado

A postura desleixada faz com que você pareça desinteressado e infantil. Os outros também podem interpretar isso como falta de confiança. Para lembrar de se sentar direito, alongue sua coluna imaginando que ela é um elástico puxado do alto da cabeça até o cóccix. Ao se sentar, você se sentirá com mais energia, parecerá mais forte e reforçará sua presença.

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7. Dedos apontados

Apontar o dedo indicador para alguém é considerado uma grosseria em muitas culturas, por ser um gesto associado a uma intenção de culpar. Também pode ser visto como agressivo e ameaçador. Apontar nem sempre tem esse significado, mas é melhor evitar esse gesto para que sua ação não seja mal interpretada. 

8. Encarar demais  

Ficar olhando fixamente por muito tempo pode ser percebido como algo agressivo ou incômodo. É importante quebrar o contato visual de tempos em tempos, sincronizando essas pausas com as pausas naturais da conversa.

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9. Ser inexpressivo

Um rosto entediado é um prato cheio para projetarmos nossas inseguranças. Mesmo que sua expressão tenha a intenção de ser neutra, ela pode afastar quem está falando e os outros participantes da conversa.

Procure ter pensamentos positivos, como "quero estar aqui" ou "isso é interessante", ou dê um leve sorriso para transformar sua expressão com naturalidade e torná-la mais convidativa e menos geradora de ansiedade.

10. Grudar no celular 

Nada é mais gritante em termos de desinteresse do que alguém que fica olhando o celular enquanto você fala. Pesquisas mostram que a simples presença de um smartphone na sala prejudica a capacidade cognitiva e a construção de relacionamentos. Para aumentar o foco coletivo e promover um ambiente de interações e colaboração, pense em deixar seu telefone fora da sala.


SOBRE A AUTORA

Jacqueline é coach de liderança executiva e especialista em linguagem corporal e postura estratégica. saiba mais