4 dicas para manter a motivação na busca por emprego em tempos de desânimo
A persistência da falta de ânimo pode indicar dificuldades estruturais, como a escassez de oportunidades e a falta de políticas públicas para a reinserção profissional

A busca por vagas de emprego pode se tornar uma experiência emocionalmente desgastante, marcada por processos seletivos longos e falta de retorno das organizações. Isso pode gerar uma sensação de invisibilidade e se tornar um processo desafiador para o candidato.
De acordo com dados do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), a taxa de desocupação foi de 6,6% no trimestre encerrado em abril de 2025. Já a subutilização da força de trabalho alcançou 15,4%, revelando uma situação de instabilidade.
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Desânimo e falta de perspectivas
O levantamento do IBGE mostra que 2,8% da força de trabalho ampliada está em situação de desalento. Isso significa que cerca de 3 milhões de brasileiros desistiram de procurar emprego por não acreditarem na possibilidade de conseguir uma vaga.
A persistência da falta de ânimo pode indicar dificuldades estruturais, como a escassez de oportunidades e a falta de políticas públicas para a reinserção profissional.
Comunicação precária entre empresas e candidatos
Além da situação de desalento, a falta de comunicação entre recrutadores e candidatos também pode desanimar. A ausência de feedbacks é uma das principais causas de frustração entre candidatos, o que afeta diretamente a motivação e o bem-estar emocional durante os processos seletivos.
4 estratégias para manter a motivação na busca por emprego
Mesmo diante das incertezas, adotar práticas de autocuidado e organização pode ajudar na manutenção da saúde mental e da confiança durante a busca por trabalho. Entre as recomendações mais eficazes estão:
1. Estabelecer limites diários: Definir um número máximo de candidaturas e reservar tempo para atividades físicas ou de lazer.
2. Manter uma rotina estruturada: Organizar o dia com horários fixos para envio de currículos, preparo para entrevistas e descanso.
3. Buscar apoio emocional: Compartilhar experiências com familiares, amigos ou grupos de apoio.
4. Valorizar conquistas: Registrar habilidades e feedbacks positivos para reforçar a autoestima.
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Desafios estruturais persistem
Mesmo com pequenas reduções nas taxas de desemprego, o Instituto Tricontinental de Pesquisa Social alerta que o país enfrenta problemas estruturais de acesso ao trabalho e falhas de comunicação entre empresas e profissionais.
Sem políticas voltadas à qualificação, reinserção e valorização de trabalhadores, o mercado tende a manter altos índices de subutilização e desânimo, dificultando a procura por vagas e a recuperação plena do emprego no país.
Com informações de O único negro no escritório, em reportagem para a Fast Company.