5 passos para você treinar a si mesmo para ser mais feliz

Pesquisas mostram que pessoas mais felizes vivem mais e trabalham melhor. Mas para buscar a felicidade, é preciso estar atento a vários aspectos

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Lydia Dishman 3 minutos de leitura

Será que existe algum dia no calendário que não seja o dia oficial de algum tipo de celebração? Do dia da pizza ao do cachorro-quente, do dia dos animais de estimação ao dos primos, é como se cada quadradinho dos 365 dias que compõem o ano já estivessem ocupados.

E assim foi com a felicidade. O dia 20 de março, caso você não tenha percebido, foi o Dia Internacional da Felicidade, um evento global organizado pelas Nações Unidas que serve para nos lembrar que ser feliz é um direito humano que merece ser comemorado. 

Ou seja: a busca da felicidade se tornou um dos principais objetivos no trabalho e na vida. Por que não desejaríamos ser felizes? Ou mais felizes, se tivermos o direito de ser?

Muitas pesquisas apontam para o fato de que pessoas felizes vivem mais. Isso também tem impacto na vida profissional. Citando pesquisas de um estudo realizado pela Saïd Business School, Jade Green defende que a felicidade deveria ser um novo indicador de desempenho. 

O Dia Internacional da Felicidade foi criado pela ONU para lembrar que ser feliz é um direito humano que merece ser comemorado. 

"A felicidade pode ter um impacto significativo na produtividade. Os resultados mostraram que os trabalhadores mais felizes são 12% mais produtivos do que seus colegas infelizes", escreveu ela. "Esse aumento na produtividade pode ser atribuído a vários fatores, como maior motivação, engajamento e criatividade." 

Por outro lado, trabalhadores insatisfeitos tendem a sofrer efeitos de longo prazo na saúde. Isso se aplica principalmente aos mais jovens.

Um estudo realizado por pesquisadores da Universidade Estadual de Ohio descobriu que as pessoas na faixa dos 20 e 30 anos que se sentem insatisfeitas com seus empregos têm maior probabilidade de apresentar problemas de sono, ansiedade e depressão no futuro.

Portanto, cabe a nós – e, até certo ponto, aos nossos líderes – fazer um esforço para aumentar a felicidade de forma geral. Vamos nos aprofundar nas atitudes que podemos tomar para sermos mais felizes.

1. Defina o que é felicidade para você

Jenn Lim, cofundadora da Delivering Happiness, observa que, deixando a ciência de lado, há outro ingrediente essencial para a verdadeira felicidade. "É o ponto em que sua própria definição subjetiva de felicidade é definida por você, para você", argumenta.

"A combinação entre a arte do seu eu verdadeiro e o conhecimento científico proporciona a definição mais relevante de todas... Porque essa definição de felicidade é sua – e só sua", afirma. Está nessa combinação o segredo da forma mais duradoura de alegria.

2. Pratique a felicidade forma consciente 

O designer e praticante confesso da felicidade Klaus Heesch encara a felicidade como uma prática, assim como a meditação. "Para mim, praticar a felicidade de maneira intencional é libertador, pois posso estar consciente, mas menos preocupado com o que me atrapalha. Em vez disso, me concentro no que me fortalece e traz alegria."

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3. Aproveite os pequenos momentos

Alexa von Tobel acrescenta a esse conceito aquilo que aprendeu no Laboratório da Felicidade de Harvard, focando em hábitos simples que tornam a vida cotidiana mais alegre. "Você almeja ter grandes resultados, como fechar uma parceria dos sonhos ou conseguir uma grande contratação, mas esses resultados não geram tanta satisfação. O que nos faz felizes são os diversos pequenos momentos com a equipe ou a realização de itens da sua lista de tarefas."

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4. Questione o que você busca

Jenna Abdou, colaboradora da Fast Company, diz que a felicidade e o potencial de cultivá-la têm sido sua bússola desde a infância. Mas foi só depois de uma conversa com o médico Gabor Maté que ela entendeu que alcançar a felicidade poderia ser o objetivo errado. 

"O dr. Maté não apenas me ensinou que a integridade inspira o florescimento humano. Ele revelou um ponto cego na forma como eu lidava com isso. Em décadas de busca de como cultivar a felicidade, nunca parei para perguntar o que nos torna infelizes. Além disso, eu não estava disposto a sentir isso."

5. Seja capaz de seguir em frente

O pesquisador Christopher Boyce, que passou anos estudando a felicidade, sugere que você não deve vincular determinadas conquistas como sendo o caminho para a satisfação. "As metas podem ser úteis. Elas dão alguma direção à vida cotidiana. Mas é fácil se perder na conquista de um resultado, acreditando que a felicidade depende disso." O importante é ser capaz de deixar para lá se as coisas não derem certo, observou Boyce.


SOBRE A AUTORA

Lydia Dishman é editora sênior de growth & engagement do site fastcompany.com . saiba mais