7 perguntas simples que ajudam a desenvolver crianças emocionalmente fortes
Substituir perguntas genéricas por questões que estimulam diálogo, fortalecem o desenvolvimento emocional infantil

Quando pais ou responsáveis perguntam as crianças como foi o dia delas na escola, geralmente recebem uma resposta curta e sem abertura para um diálogo profundo. A resposta gera insatisfação nos educadores, no entanto, o segredo esta em direcionar a conversa.
Em reportagem para a CNBC Make it., a psicoterapeuta e assistente social clínica Amy Morin revela que perguntas mais específicas estimulam nas crianças a consciência emocional, a empatia e a capacidade de resolver problemas.
A autora do livro “13 coisas que pais mentalmente fortes não fazem” (compre o livro aqui) explica que esses elementos reforçam a saúde mental e aproximam as relações dentro de casa, criando um ambiente mais aberto ao diálogo.
Dessa forma, confira a seguir sete dicas que Amy Morin ensina aos pais e responsáveis para incentivar respostas profundas e um diálogo aberto com as crianças.
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1. Qual foi a melhor parte do seu dia?
Segundo a psicoterapeuta, essa pergunta incentiva a criança a identificar momentos positivos no dia. Para quem enfrenta dificuldades na escola ou tende a focar no que deu errado, essa reflexão também ajuda a desenvolver otimismo e gratidão.
Compartilhar um momento positivo próprio torna a troca mais natural e facilita a abertura da criança ao diálogo com os responsáveis.
2. Que erro te fez aprender hoje?
Outra sugestão de Morin é normalizar erros, que são parte essencial do aprendizado infantil. Quando os pais perguntam sobre equívocos do dia, eles reduzem a sensação de vergonha e estimulam a criança a enxergar oportunidades de crescimento.
É importante ressaltar que o tom da pergunta deve ser leve e curioso. Dessa forma, a criança compreende que pode agir de outra maneira quando uma situação parecida voltar a acontecer.
3. De quem você sentiu orgulho hoje?
Para Morin, essa reflexão direciona a atenção da conversa para o outro e fortalece a empatia na criança. Dessa maneira, a criança pode perceber comportamentos positivos ao redor e a reconhecer atitudes que admira nos colegas.
Além disso, com perguntas específicas, os pais conseguem entender como a criança observa o ambiente social.
4. O que teria deixado o seu dia melhor?
Estimular o pensamento sobre frustrações de forma equilibrada favorece a consciência emocional. Assim, a criança aprende a imaginar alternativas e planejar soluções para desafios futuros.
Diante disso, o responsável também pode utilizar de abordagens lúdicas, como imaginar uma mudança com “varinha mágica”. Isso deixa a conversa mais leve e sincera.
5. Quem você ajudou hoje?
A terapeuta explica que perguntas sobre cooperação estimulam comportamentos gentis. Quando essa reflexão vira rotina, pequenos gestos se transformam em hábitos e fortalecem as relações dentro e fora de casa.
Dessa maneira, ao lembrar de situações simples, a criança reforça o valor da ajuda e da convivência positiva.
6. O que você aprendeu de mais interessante hoje?
Outra pergunta que aprofunda o dialogo com as crianças e ir além das notas, aumentando o interesse pelo aprendizado. Por isso, perguntar sobre o que chamou mais a atenção mostra envolvimento dos pais e motiva a criança a compartilhar as próprias descobertas.
Além disso, esse hábito fortalece o vínculo e aproxima a família do cotidiano escolar.
7. O que você gostaria de tentar pela primeira vez?
Por fim, Morin revela que perguntas que incentivam coragem ampliam a confiança da criança. Dessa forma, novas experiências mostram à criança que não é preciso dominar algo antes de tentar.
Nesse sentido, os pais podem apoiar pequenas iniciativas, como experimentar uma atividade escolar ou testar um novo hobby.
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Conversas que fortalecem o emocional
Com diálogos frequentes e bem direcionados, os pais e responsável podem ajudar as crianças a lidar melhor com desafios do dia a dia. Dessa maneira, as crianças passam a identificar sentimentos, pensar em soluções e construir relações mais saudáveis dentro de fora do ambiente familiar.
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