Aprenda a ser um pouco mais gentil consigo mesmo. Você merece
Muitas pessoas praticam o hábito da autocrítica negativa, mas existem três estratégias que podem ajudar a combatê-la
Uma das habilidades mais importantes para desenvolver resiliência é a autocompaixão. Muitas vezes, somos muito bons em demostrar compaixão ao lidar com amigos e colegas, mas esquecemos de tratar a nós mesmos com a mesma gentileza.
Por exemplo, se um colega seu sofresse uma derrota no trabalho, você não o incentivaria a desistir. Pelo contrário: você destacaria as qualidades dele, lembraria que há sempre novas oportunidades e o incentivaria a buscar ajuda para adquirir alguma habilidade necessária.
No entanto, quando somos nós que cometemos um erro, temos dia ruim ou fracassamos em algo importante para nós, é fácil desanimar.
Rapidamente nos convencemos de que o problema é nossa culpa, que não somos capazes de alcançar o sucesso e que aquele erro é um sinal de que deveríamos desistir dos nossos objetivos. Pior ainda: depois de um erro, nos convencemos de que também vamos errar nas próximas tentativas.
Esse discurso autocrítico pode ser prejudicial, pois podemos acabar desistindo de oportunidades interessantes se acreditarmos que não somos capazes de aproveitá-las. Podemos abandonar até mesmo metas de vida essenciais.
Para amenizar essa autocrítica negativa, existem três passos que você pode seguir:
1. Perceba quando isso acontece
O primeiro passo é reconhecer que você entrou nesse ciclo. Preste atenção no que está dizendo a si mesmo. Você está se motivando ou se depreciando? Está olhando para o futuro com esperança ou remoendo os erros passados? Está procurando novas oportunidades ou evitando o risco de errar?
2. Desenvolva uma mentalidade de crescimento
Uma vez que você percebe que não está sendo gentil consigo mesmo, o próximo passo é focar no seu crescimento futuro. Pesquisas mostram que pessoas com uma mentalidade de crescimento acreditam que podem aprender novas habilidades, o que as torna mais resilientes diante de erros. Essa mentalidade também nos lembra que errar faz parte do aprendizado e que os erros não significam falta de competência, mas sim oportunidades de crescimento.
3. Pratique a empatia
Agora, tente tratar a si mesmo como você trataria outra pessoa. Descreva a situação que você viveu e pense nela como se estivesse aconselhando um amigo ou colega que passou pelo mesmo. O que você diria a ele? É provável que, ao adotar essa perspectiva externa, você encontre palavras de gentileza que não diria a si mesmo.
O mais interessante desse método é que ele pode se tornar um hábito. No início, pode parecer artificial se convencer de que é capaz de aprender e crescer e que errar é normal. Mas, com o tempo, você descobrirá que sua primeira reação diante de um erro será buscar mais aprendizado, em vez de desanimar.