As pessoas mais felizes com suas carreiras compartilham essa mentalidade
Pesquisa de Harvard revela o que realmente faz os profissionais se sentirem realizados no trabalho

As pessoas que conseguem ser felizes na carreira não dependem apenas de ter o “emprego dos sonhos” ou alcançar o cargo ideal. A realização profissional está mais ligada à forma como cada um encara sua trajetória do que aos benefícios oferecidos pelo cargo. Priorizar o avanço contínuo, mesmo diante de obstáculos ou concessões, é mais eficaz do que esperar por condições perfeitas que raramente se concretizam.
Pesquisadores de Harvard analisaram mais de 1.000 trabalhadores ao longo de uma década de CEOs da Fortune 500 a gerentes de cozinha da Chipotle e identificaram um padrão entre os profissionais mais felizes em suas carreiras.
Segundo o CNBC Make It, o fator comum está em priorizar o progresso contínuo, e não a busca por um emprego ideal.
Ao contrário da ideia do “trabalho dos sonhos”, a pesquisa concluiu que o bem-estar profissional está em avançar com propósito, mesmo diante de concessões inevitáveis. Ter clareza sobre o que gera energia, identificar prioridades e aceitar as trocas necessárias para avançar garante mais realização no longo prazo.
Esse progresso não se limita a promoções ou aumentos salariais. Pode envolver aceitar um salário menor por mais propósito, viver mais perto da família ou buscar estabilidade emocional. O avanço real vem da coerência entre escolhas profissionais e metas pessoais.
Ao decidir por um emprego, o profissional contrata a empresa para ajudá-lo a evoluir. Quando esse acordo se desalinha das prioridades pessoais, surgem frustração e esgotamento. Por isso, antes de aceitar uma proposta ou pedir demissão, o ideal é refletir sobre as três prioridades mais importantes e entender as trocas envolvidas.
Essas concessões variam com o tempo. Quem economiza para comprar um imóvel, por exemplo, pode priorizar ganhos financeiros agora, mas futuramente pode valorizar estabilidade ou benefícios de saúde.
Aceitar que um emprego não atenderá todas as expectativas não representa conformismo. Pelo contrário, ajuda a criar uma relação mais honesta com o próprio caminho profissional, além de ajustar as expectativas com a realidade.
Entre os entrevistados mais satisfeitos, havia um entendimento claro: nenhum trabalho é perfeito, mas encontrar um que reflita valores pessoais ou que ajude a alcançar metas futuras pode oferecer mais realização do que um emprego idealizado.
Entender as prioridades e estar disposto a lidar com compensações torna a jornada mais coerente com a própria identidade. Isso aproxima o profissional de uma carreira alinhada com propósito e o torna as pessoas mais felizes ao longo do caminho.