Conheça 5 atitudes das empresas dos novos tempos

Precisamos construir organizações conectadas com “o espírito da época” e que dialoguem com quem somos hoje e com quem desejamos ser amanhã

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Gisele Feth 3 minutos de leitura

A forma como vemos o mundo mudou. Consequentemente, mudou também a forma como trabalhamos. Ano a ano, temos sido levados a repensar nossos conceitos de produtividade, sucesso, satisfação e propósito. Ou seja, o processo de mudar a ideia do que entendemos por trabalho marca os novos tempos dentro e fora das empresas.

Assim, precisamos construir organizações conectadas com “o espírito da época” e que dialoguem com quem somos hoje e com quem desejamos ser amanhã.

Veja algumas concepções que grandes instituições do presente estão reformulando hoje.

1. A produtividade redefinida

O que antes era quantidade, hoje virou qualidade. O paradigma da maximização da produtividade era o que dava o tom da conversa, colocando um referencial quantitativo.

A nova relação que se estabelece com esse indicador é pautada numa visão mais qualitativa.  A prioridade é ressignificar e otimizar a performance de um ponto de vista humano.

2. Reskilling e upskilling

Conceitos novos para uma prática de aprendizagem otimizada, reskilling e upskilling têm a ver com adaptabilidade de habilidades dentro da empresa.

Enquanto o primeiro diz respeito a dar recursos para que um funcionário se ajuste a outros postos e funções necessárias, o segundo aprofunda conhecimentos úteis para que esse funcionário atue de forma mais otimizada.

Ano a ano, temos sido levados a repensar nossos conceitos de produtividade, sucesso, satisfação e propósito.

Esse caminho começa na ideia de que nenhum profissional estará 100% pronto. Sim, isso mesmo. A ideia de que o candidato ideal para a vaga é aquele que corresponde totalmen- te às expectativas e que atende às demandas de forma integral mesmo antes do primeiro dia não é real.

Hoje sabemos que, mais importante do que procurar a pessoa perfeita para a vaga, é buscar aquela que melhor se adapta ao que essa vaga possa vir a ser.

Adaptabilidade, prontidão e espírito criador são pontos de transformação desse candidato para uma vaga que se molda ao que a empresa precisa, dia a dia, produção a produção, jornada a jornada.

4. Propósito e felicidade.

É tempo de unir alegria e trabalho, vida e trabalho, criatividade e trabalho, sonhos e trabalho. É tempo de entender que trabalho é parte do combustível da vida e que é preciso investir no equilíbrio para cultivar uma jornada próspera.

Não se trata unicamente de promover ambientes agradáveis, mas de fazer valer o conceito de capital humano dentro das empresas. Para além das métricas, cada cadeira é ocupada por uma pessoa e essa pessoa precisa ser vista e ouvida dentro das organizações.

5. Liderança reinventada

A teoria é simples, mas a execução, complexa. Se, por um lado, falar em liderança vulnerável parece lugar-comum, vivê-la – especialmente quando ainda associamos expressões de comando e controle a lideranças genuínas e fortes – torna-se inovador e revolucionário.

Lideranças informais ganham força e, quando bem direcionadas, podem ser catalisadoras do fortalecimento e da transformação da cultura organizacional.

ACELERANDO A TRANSFORMAÇÃO CULTURAL

Falamos de alguns pontos de discussão para uma nova realidade: empresas que repensam conceitos e viabilizam transformações dentro e fora das quatro paredes. Humanos que reconstroem suas relações com trabalho e produtividade, que buscam modos de gerir vida e satisfação, paixões e aprendizagem, propósito e cultura.

Se, por um lado, falar em liderança vulnerável parece lugar-comum, vivê-la torna-se inovador e revolucionário.

O que fica claro é que, para além de uma discussão, é preciso entender que o mundo pede mudanças e as empresas têm a oportunidade de liderarem essas mudanças. As relações que se estabelecem pedem espaço para serem reformuladas.

A transformação cultural pode ser um processo muito longo e complexo. É por isso que, em projetos de transformação cultural que conectam narrativas emocionais criadas de dentro para fora, atitudes objetivas podem acelerar mudanças, inspirando as pessoas com elementos conectados à prática e capacitando o time a agir de forma diferente.

Além das cinco atitudes listadas, separamos outras que entendemos como tendências para empresas que desejam ser future-proof. Este e outros pontos estão apresentados no e-book "Novos Tempos, Novas Atitudes", preparado pelo time da CultureCode.

Acreditamos que é preciso implementar mudanças concretas, acionadas em processos co-criativos, envolvendo profissionais de diferentes níveis e provocando a mudança de dentro para fora. Que cada empresa viva o que fala e fale o que vive.

É preciso aproximar discurso e ação – hoje mais do que nunca – e integrar nosso discurso de marketing às experiências do colaborador de forma autêntica e genuína.


SOBRE A AUTORA

Gisele Feth é fundadora do CultureCode, estúdio de inovação em cultura organizacional. saiba mais