“Estresse bom” existe e especialista explica o porquê
Confira como lidar com estresse no dia a dia de forma saudável
No ritmo acelerado do dia a dia, muitos se sentem sobrecarregados por qualquer imprevisto. Trânsito, prazos apertados, redes sociais, tarefas acumuladas, tudo vira motivo de tensão. Mas e se existisse uma forma de transformar esse desgaste em algo positivo? O que pouca gente sabe é que o corpo humano foi projetado para lidar com desafios e que, quando usado na dose certa, o estresse bom pode fortalecer a saúde física e mental.
O apresentador do podcast Commune, Jeff Krasno, explica que o segredo está em diferenciar o estresse bom do negativo e utilizar o primeiro como ferramenta de crescimento. Ele da exemplos como: ao encontrar uma cascavel durante uma trilha, o corpo reage com estresse. Nesse caso, trata-se de um instinto de sobrevivência. O problema do mundo atual é que muitos vivem como se essa “cascavel” nunca saísse do caminho.
A exposição constante a redes sociais, o excesso de trabalho, os traumas e o ambiente urbano alimentam um estado crônico de alerta. Essa sobrecarga mantém o corpo e a mente em tensão contínua, gerando impactos sérios na saúde.
Segundo Krasno, o estresse bom está ligado aos desafios vividos por nossos antepassados, como escassez de comida, mudanças climáticas, contato com a natureza e convívio em grupo. O organismo desenvolveu, ao longo de milênios, formas de responder positivamente a esses estímulos, fortalecendo a saúde e aumentando a longevidade.
Com a vida moderna, esses gatilhos praticamente desapareceram. O sedentarismo, o uso excessivo de luz artificial e o isolamento das cidades reduziram drasticamente os estímulos benéficos. Para Krasno, a busca por conforto extremo tem um custo alto.
A recomendação é incluir pequenas doses de desconforto na rotina, de forma segura. Um exemplo é iniciar banhos frios com água a cerca de 15°C, permitindo que o corpo se adapte progressivamente. Outra prática envolve o chamado “estresse bom social”, que inclui conversas difíceis ou desafiadoras, mas necessárias.
Com informações de Stephanie Vozz em reportagem da Fast Company.
