Estudo revela o que mais causa arrependimento ao usar o celular – e você faz isso todo dia

Pesquisa mapeia hábitos digitais e revela quais ações geram mais arrependimento no uso do celular

Mãos diversas segurando celular
Os pesquisadores alertam para os efeitos do uso do celular, especialmente em plataformas digitais que priorizam algoritmos. Créditos: Freepik.

Redação Fast Company 1 minutos de leitura

Usuários costumam acessar o celular sem perceber o tempo que passam diante da tela. Em muitos casos, o desbloqueio do aparelho para uma tarefa simples acaba se transformando em sessões prolongadas e sem propósito.

Essa dinâmica foi analisada por pesquisadores das universidades de Washington, Columbia e Yang Ming Chiao Tung, que apresentaram um estudo na conferência internacional CHI sobre interação humano-computador.

Durante sete dias, os cientistas acompanharam 17 usuários de Android nos Estados Unidos, registrando capturas de tela a cada cinco segundos. O material gerou mais de 34 mil imagens.

Um modelo de Inteligência Artificial categorizou as atividades em sete grupos, como mensagens diretas, buscas e rolagem de feeds algorítmicos. Os pesquisadores também coletaram dados sobre intenções de uso, relatos diários de arrependimento e entrevistas.

Os resultados revelaram que visualizar postagens recomendadas por algoritmos e ler seções de comentários geram os maiores níveis de arrependimento. Atividades como comunicação direta e buscas intencionais, por outro lado, foram as menos associadas a esse sentimento.

Sessões longas e desvios de intenção, como iniciar uma tarefa e acabar apenas rolando a tela, aumentaram a sensação de arrependimento. A pesquisa também identificou que usuários se sentem menos frustrados quando acessam redes sociais com um propósito definido, mesmo que seja relaxar, do que quando usam os aplicativos de forma automática e habitual.

Os pesquisadores alertam para os efeitos do uso do celular, especialmente em plataformas digitais que priorizam algoritmos e conteúdos recomendados para prolongar o engajamento de forma automática. Segundo o estudo, o setor precisa repensar o design desses ambientes, promovendo interações mais conscientes e intencionais.

Com informações de Chris Stokel-Walker em reportagem da Fast Company.


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