Carreira profissional: o sonho dos jovens da geração Alpha é ser youtuber
Nova pesquisa revela que a criação de conteúdo e o desenvolvimento de videogames estão entre as principais aspirações profissionais das crianças de hoje

Antigamente, se você perguntasse a uma turma de crianças o que elas queriam ser quando crescessem, as respostas iam variar entre “bombeiro” ou “astronauta”. Hoje em dia, elas sonham em se tornar criadoras de conteúdo. A geração Alpha quer ser youtuber.
Uma pesquisa realizada nos Estados Unidos com 910 crianças e adolescentes entre 12 e 15 anos, realizada pela plataforma de comércio social Whop, descobriu que quase um terço da geração Alpha quer ser youtuber, enquanto uma em cada cinco deseja se tornar criador de conteúdo no TikTok.
Mas criar conteúdo não é a única ambição dessa garotada: 19,1% também demonstraram interesse em se tornar desenvolvedores de aplicativos móveis ou de videogames.
Embora a geração de crianças “tablet na mão” esteja aprendendo bastante com o tempo de tela, muitos sentem que a escola não está acompanhando o crescimento das carreiras digitais.
Mais da metade da geração Alpha diz que se sente despreparada pela educação quando o assunto é construir uma marca pessoal e presença online, elementos-chave para uma carreira de sucesso na internet.
“Todo mundo quer ser criador de conteúdo, principalmente as crianças que cresceram online. Elas conseguem enxergar as oportunidades de ganhar dinheiro, encontrar uma comunidade e construir um público”, diz Cameron Zoub, cofundador e diretor de crescimento da Whop. “Para um adolescente de 15 anos hoje, se você tem um notebook, há um milhão de maneiras de ganhar dinheiro na internet.”

Já se foram os dias de vender rifa para ganhar uns trocados. A geração Alpha quer ser youtuber e vê um grande potencial de ganho em streamings de videogames, vendas de produtos online, análises de marcas, parcerias com patrocinadores e até competições de eSports.
O empreendedorismo também está em alta. Mais de um em cada seis jovens da geração Alpha, nos EUA, sonha em começar o próprio negócio, com muitos já ganhando centenas de dólares por ano, apesar de ainda serem novos demais para empregos tradicionais.
As marcas também estão de olho nisso: quase um quarto dos participantes da pesquisa relatou que, ou eles mesmos, ou alguém que conhecem, já foi abordado para um acordo de parceria paga. Com youtubers de médio porte cobrando entre US$ 5 mil e US$ 10 mil por parceria de marca, é um bom dinheiro.