Salário alto não é tudo: veja o que os jovens mais priorizam na busca por emprego

Uma pesquisa com formandos de 2025 revelou o que é mais importante que o dinheiro

Estudo foi feito para a descoberta
Vagas para cargos público diminuiram a procura. Foto: Freepik

Jessica de Holanda 1 minutos de leitura

Aquela ideia de que todo jovem formado quer correr atrás do emprego com o salário alto não é bem assim. Pesquisa recente feita com mais de 2.800 formandos da turma de 2025 mostra que o que pesa mesmo na hora de mandar currículo é a localização, especialmente se for perto da família.

Segundo o levantamento do site Handshake, divulgado pelo CNBC Make It, 73% dos jovens dão prioridade a um emprego no lugar que querem morar. E dentro desse ambiente, o mais importante é estar perto da família, depois vem a cidade natal. Salário alto ficou só em 4º lugar, com 63% apontando isso como fator importante.

Hali Jama, de 22 anos, é um dos exemplos. Apesar de ter ofertas em Nova York com salário maior, ela escolheu Chicago porque é perto da família em Minnesota e ela já conhece a cidade, além de ser mais fácil e barato para morar.

Ela resumiu, em entrevista à Jennifer Liu, o que muita gente pensa: “Eu poderia ter ido para Nova York e ganhado uma grana, mas pensei se ia curtir mesmo o lugar e se o aluguel compensava. No fim, estar perto da família foi 100% mais importante que o salário”, justificou.

Esse movimento faz sentido ao lembrar que essa turma cresceu e estudou em meio à pandemia, momento que revelou que, mais do que dinheiro, é fundamental ter apoio, comunidade e qualidade de vida logo no começo da vida adulta, como explica Christine Cruzvergara, do Handshake.

Curioso também é que os jovens estão menos interessados em vagas públicas e tecnológicas do que antes, justamente devido às incertezas geradas pela política e mudanças recentes no mercado. Eles estão mais flexíveis e vão atrás das oportunidades que aparecerem, sem aquela ideia fixa do que queriam no começo.

E tem mais: a concorrência está cada vez maior. Em média, o pessoal de 2025 já aplicou para 16,5 empregos até fevereiro, enquanto a turma de 2024 tinha aplicado para 13,6 na mesma época. As vagas no Handshake também estão recebendo mais candidaturas: 26 por vaga em 2025, contra 20 em 2024.

Ou seja, as novas gerações querem mais do que salário alto, querem qualidade de vida, proximidade com quem importa e segurança para começar a vida profissional.


SOBRE A AUTORA

Jornalista formada pela Universidade Federal do Paraná (UFPR) com passagem pela BandNews, Portal RIC.com.br, JB Litoral e Massa FM. saiba mais