Nova carta de Warren Buffett revela 3 lições sobre erros e oportunidades; veja

Confira as três lições atemporais que Warren Buffett compartilhou com investidores

Warren Buffett em fundo azul e dólar em evidência
Ele elogia a disciplina financeira dessas empresas, a gestão prudente e o respeito aos acionistas. Crédito: Chris Goodney/ Bloomberg.

Guynever Maropo 2 minutos de leitura

Conhecido como o “Oráculo de Omaha”, Warren Buffett é considerado um dos maiores investidores de todos os tempos. Sua trajetória desperta atenção mundial porque combina simplicidade, disciplina e resultados consistentes ao longo de décadas.

Todos os anos, ele compartilha sua visão em uma carta enviada aos acionistas da Berkshire Hathaway. O documento tornou-se leitura obrigatória para investidores, analistas e gestores, não apenas pelo desempenho da empresa, mas também pelas lições práticas que ultrapassam o universo financeiro.

“Nosso objetivo é nos comunicar com você da maneira que gostaríamos que você usasse se nossas posições fossem invertidas — ou seja, se você fosse o CEO da Berkshire enquanto eu e minha família fôssemos investidores passivos, confiando a você nossas economias”, afirma Buffett.

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Erros de investimento são um tema recorrente na carta. Buffett relembra a decisão de comprar a Berkshire Hathaway, então uma empresa têxtil, em 1962.

“Embora o preço que paguei pela Berkshire parecesse baixo, seus negócios estavam caminhando para a extinção”, relata. Ele gastou anos tentando revitalizar a operação em vez de expandir o setor de seguros, o que estima ter custado cerca de US$ 200 bilhões.

Admita seus erros e tome decisões

Ao lidar com equívocos, cita o conselho de Charlie Munger: “O pecado capital é adiar a correção de erros, ou o que Charlie chamava de ‘chupar o dedo’. Problemas não podem ser resolvidos com desejos. Eles exigem ação, por mais desconfortável que seja.”

Na prática, Buffett corta investimentos quando identifica problemas irreparáveis. “Na realidade, a Berkshire quase nunca vende negócios controlados, a menos que enfrentemos o que acreditamos serem problemas intermináveis”, explica.

Não abandone as ações

A Berkshire mantém uma reserva de caixa recorde de US$ 334 bilhões. Analistas interpretam isso como sinal de cautela, mas Buffett reafirma sua convicção no mercado de ações.

“Apesar do que alguns comentaristas consideram atualmente uma posição de caixa extraordinária na Berkshire, a grande maioria do seu dinheiro permanece em ações. Essa preferência não mudará”, declara.

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Ele lembra que inflação elevada reduz o valor da moeda e a atratividade dos títulos, enquanto empresas conseguem lucrar mesmo em cenários adversos. Por isso, recomenda fundos de índice de baixo custo como o S&P 500.

Vá onde estão as oportunidades

Buffett adota a estratégia de comprar empresas negociadas abaixo de seu valor intrínseco. Embora valorize o mercado americano, expandiu a busca para outros países.

Em 2019, a Berkshire adquiriu participações em cinco grandes companhias japonesas. “Simplesmente analisamos seus registros financeiros e ficamos impressionados com os baixos preços de suas ações”, observa.

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Ele elogia a disciplina financeira dessas empresas, a gestão prudente e o respeito aos acionistas. Mesmo diante de quedas recentes nas ações, Buffett não se mostra preocupado. “Nossas participações nas cinco [ações japonesas] são para um prazo muito longo”, conclui.

Warren Buffett mostra, mais uma vez, que investir exige humildade para reconhecer erros, coragem para agir e paciência para esperar os resultados.


SOBRE A AUTORA

Jornalista, pós-graduando em Marketing Digital, com experiência em jornalismo digital e impresso, além de produção e captação de conte... saiba mais