O que acontece quando se troca o primeiro cafezinho do dia por uma xícara de água morna?

Crédito: Fast Company Brasil

Etinyene Jimmy 2 minutos de leitura

Juro que esse não é mais um daqueles artigos que trazem receitas milagrosas de produtividade. É sobre um hábito um pouco diferente, mas muito simples: em vez do cafezinho, eu bebo água morna de manhã. 

Nem sempre foi assim. Tomei café todas as manhãs por cerca de três anos e estava acostumada com os altos e baixos que acompanhavam esse hábito. Minha mãe – uma mulher africana de 58 anos – sempre implicou com meu consumo de café. Quando comecei a ter enxaquecas, ela logo culpou a cafeína. "Tome água morna em vez dessa droga", repetia. 

Depois de discutirmos algumas vezes por causa desse assunto, finalmente cedi. Em uma tentativa de apaziguar minha mãe, e no desespero de tentar qualquer coisa que fizesse minhas enxaquecas desaparecerem, fiz a troca. E, quem diria (além da minha mãe)? Funcionou!

Fiz algumas pesquisas para ter certeza de que ela não estava me "trollando" e encontrei referências a essa prática na medicina chinesa antiga, na terapia japonesa e na Ayurveda. Essas fontes e muitas outras se apoiam nos imensos benefícios físicos e emocionais de beber água morna pela manhã.

COMO A ÁGUA MORNA TRANSFORMOU MINHAS MANHÃS

Não me entenda mal: não foi um milagre da noite para o dia. No início, eu cochilava no trabalho e depois ficava super inquieta. Mas acho que esses sintomas eram apenas o meu corpo tentando se ajustar à mudança. Depois que passei pela transição, o que levou algumas semanas, os benefícios ficaram claros. Além das mudanças físicas que notei (vou poupar vocês desses detalhes), eis o que aconteceu:

Consegui me concentrar melhor e por mais tempo. O café me trazia uma explosão de energia que muitas vezes vinha rápido, mas era seguida por uma queda brusca após algumas horas. Com a mudança para água morna, fiquei mais alerta e atenta ao longo do dia.
Superei as enxaquecas diárias. Minhas enxaquecas não iam desaparecer sozinhas, mas os médicos não foram capazes de ajudar. No quinto dia de mudança para água morna, notei uma diferença na frequência e na intensidade das dores de cabeça. Após o primeiro mês, elas desapareceram completamente.
Tive mais clareza no trabalho. Como redatora, tenho que interpretar instruções de clientes, desenvolver estratégias de conteúdo para marcas, escrever e editar conteúdo. Isso requer muita clareza mental e bastante concentração. Com a mudança para a água morna, me peguei lembrando mais de detalhes importantes, sentindo menos ansiedade em relação ao trabalho e gerenciando melhor o tempo e as tarefas.
Meu humor mudou. Todos os itens acima provavelmente contribuíram para este último: meu humor melhorou. Com a água morna, adotei uma postura mais positiva, o que não só ajudou na produtividade, mas também no relacionamento com meus colegas.

Meus colegas de trabalho ficaram intrigados com esse meu pequeno segredo de saúde. Eles passaram a me vigiar para ver se, em algum momento, eu cederia quando sentisse o cheiro acolhedor do café expresso, quentinho, vindo da sala de descanso. Um passarinho me contou que até apostaram sobre quando eu vacilaria! Mas fico feliz de informar que eles perderam essa aposta.


SOBRE A AUTORA

Etinyene Jimmy-Zapier é redatora e especialista em estratégia de conteúdo. saiba mais