O que aprender com o CEO do McDonald’s? Veja 3 dicas de inteligência emocional
Entenda os riscos da comunicação impulsiva e a importância da inteligência emocional na liderança

A inteligência emocional tem ganhado espaço central na liderança contemporânea. Além de administrar equipes, os líderes lidam diariamente com crises, reputação e discursos que exigem precisão. Porém, quando esse cuidado falha, o impacto aparece rapidamente.
Muitas vezes em uma frase curta enviada no momento errado pode evidenciar a falta de inteligência emocional. Nesse cenário, um exemplo é o caso envolvendo o CEO do McDonald’s, Chris Kempczinski.
Segundo a reportagem da Inc. Magazine, uma mensagem privada atribuída ao executivo repercutiu nacionalmente nos Estados Unidos ao responsabilizar indevidamente famílias de duas vítimas de violência em Chicago. O episódio ampliou a discussão sobre empatia, responsabilidade e preparo emocional entre cargos de alta gestão.
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Como uma mensagem privada se tornou crise pública
A crise começou após a divulgação de mensagens enviadas por Kempczinski à então prefeita de Chicago, Lori Lightfoot. No texto, o executivo citou dois casos trágicos relacionados a loja de fast food: a morte de uma menina de 7 anos baleada em um drive-thru e a morte de Adam Toledo, de 13 anos, durante confronto policial.
Na ocasião, o CEO atribuiu a responsabilidade da tragédia ao descuido das famílias das vítimas, o que gerou forte reação de líderes comunitários e especialistas em comunicação. A equipe da ex-prefeita reforçou o desgaste ao classificar o comentário como inadequado, ampliando o impacto negativo da situação.
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Três erros que evidenciam falhas de inteligência emocional
A repercussão mostrou que o problema ultrapassou o conteúdo da frase. A situação expôs três falhas que comprometem a credibilidade de qualquer liderança.
1. Presumir concordância em tema sensível
Ao afirmar que sabia que a prefeita não poderia comentar publicamente, o executivo sugeriu alinhamento prévio. A insinuação colocou ex-prefeita, Lightfoot, em posição desconfortável após o vazamento das mensagens.
2. Tratar assuntos complexos de forma reducionista
O comentário abordou violência urbana, desigualdade social e investigações policiais. A afirmação simplificou temas que exigem contexto, afetou a credibilidade do executivo e demonstrou falta de sensibilidade.
3. Ignorar que toda mensagem pode se tornar pública
Vale ressaltar que mensagens enviadas a autoridades estão sujeitas a pedidos formais de acesso. Dessa forma, é importante para os executivos saber se comunicar como se tudo fosse público, virou tornou regra básica. Nesse caso, o esquecimento desse princípio ampliou o desgaste para o McDonald’s e levantou dúvidas sobre o preparo emocional da liderança.
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O que o episódio ensina a líderes e empresas?
A situação mostra que o problema não se limitou à frase, mas à incapacidade de prever sua repercussão. Nesse sentido, reconhecer limites e compreender o alcance de cada mensagem são práticas essenciais para preservar a credibilidade da imagem profissional e da empresa.
Além disso, o caso reforça que a inteligência emocional é uma competência estratégica que envolve avaliar impacto, contexto e público antes de qualquer posicionamento. Líderes que negligenciam esse aspecto ampliam riscos de ruídos, desgaste institucional e perda da confiança.
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