O que é o “efeito golfinho azul” e por que ele ajuda a manter pensamentos positivos?
A técnica ajuda a treinar o cérebro para transformar pensamentos negativos em positivos

A mente humana trabalha em ritmo acelerado. No dia a dia, os pensamentos se acumulam, muitas vezes sem pausa para o descanso mental. Essa sobrecarga dificulta o foco em ideias positivas e aumenta o risco de cair em ciclos de preocupação. Porém, pesquisadores descobriam que é possível reverter esse processo com uma técnica chamada de o golfinho azul.
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O problema do urso branco
O conceito foi introduzido no fim dos anos 1980 pelo psicólogo Daniel Wegner, da Universidade de Harvard. Segundo seus estudos, quando uma pessoa tenta suprimir um pensamento, ele tende a se tornar ainda mais persistente, esse fenômeno é chamado de “processo irônico”.
A ideia se baseia na frase do escritor russo Fiódor Dostoiévski, ele diz “tente não pensar em um urso polar e verá que o animal virá à mente a cada minuto”. Essa dinâmica explica por que pensamentos ansiosos ou músicas grudadas na cabeça parecem impossíveis de eliminar.
Quando o cérebro tenta “não pensar” em algo, uma parte dele continua monitorando se o pensamento realmente sumiu, o que acaba reforçando sua presença.
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Técnica do golfinho azul
Para reverter essa situação, Wegner e outros pesquisadores sugerem substituir o pensamento indesejado por outro que desperte tranquilidade ou curiosidade. Em vez do “urso branco”, a mente deve se concentrar no golfinho azul.
Esse “pensamento substituto” funciona como uma âncora mental. Sempre que um pensamento negativo surgir, basta redirecionar a atenção para uma imagem, lembrança ou ideia positiva previamente escolhida.
Antes de uma apresentação, por exemplo, ao pensar “estou nervoso”, a pessoa pode trocar por “isso vai acabar em 30 minutos, e depois terei aprendido algo novo”. Ao aplicar esse raciocínio com consistência, a mente se acostuma a substituir padrões negativos por alternativas construtivas.
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Com o tempo, essa prática fortalece o autocontrole emocional e reduz o impacto de preocupações recorrentes. Em vez de lutar contra os “ursos brancos”, o cérebro aprende a nadar com o golfinho azul.
Com informações de Justin Bariso em reportagem para a Fast Company.