O segredo de Jensen Huang: por que ele age como se sua empresa pudesse falir amanhã
Confira o que motiva um dos líderes mais influentes da tecnologia global

Jensen Huang, CEO da Nvidia, lidera uma das maiores e mais valiosas empresas do mundo, avaliada em cerca de US$ 3,4 trilhões. Apesar do sucesso, ele afirma viver com o receio constante de que a empresa que cofundou em 1993 possa fracassar a qualquer momento.
Segundo reportagem do CNBC Make It, esse medo é um dos principais motores de Huang e o impulsiona a manter o desempenho elevado da Nvidia. O biógrafo Stephen Witt, autor do livro A Máquina Pensante, publicado em janeiro, explica que esse sentimento funciona como combustível emocional.
Após seis horas de entrevistas com Huang e conversas com colegas e funcionários, Witt concluiu que a ansiedade, o medo e a culpa são elementos centrais na forma como o executivo conduz sua carreira e vida pessoal.
Huang afirma que trabalha ao máximo, sem buscar um equilíbrio convencional entre vida pessoal e profissional. Ele se descreve como um chefe exigente e acredita que o estresse é o maior motivador. Para ele, fazer coisas extraordinárias não deveria ser fácil.
O executivo também revelou que sua trajetória é marcada por resiliência. Três anos após a fundação da Nvidia, a empresa esteve à beira do colapso. Em março de 2024, durante palestra na Universidade de Stanford, Huang disse que adota expectativas baixas como forma de sempre se preparar para falhas. A estratégia é baseada em aceitar a possibilidade de errar e transformar essa vulnerabilidade em vantagem competitiva.
Para ele, a tolerância ao fracasso é essencial para a inovação. Sem correr riscos, não há experimentação e sem experimentação, não há progresso. A psicologia aponta que a habilidade de aprender com os erros é um traço comum entre pessoas altamente bem-sucedidas, pois envolve força mental e autoconfiança para superar adversidades.
O CEO Jensen Huang se sente mais confortável ao lembrar do espírito do primeiro dia de empresa, quando tudo ainda parecia incerto. Ele mantém viva a sensação de que a qualquer momento tudo pode desmoronar, e é justamente essa percepção de fragilidade que o impulsiona a seguir em frente.