Cuidado: onboarding mal feito pode levar o funcionário a desistir do emprego

Primeiras impressões importam: a experiência de integração molda a forma como os profissionais enxergam a empresa a longo prazo

Crédito: tadamichi/ Getty Images

Sarah Bregel 1 minutos de leitura

Quando se trata de começar em um novo emprego, as primeiras impressões fazem toda a diferença – e a forma como a empresa recebe seus novos contratados durante o processo de integração (ou onboarding) pode definir toda a relação dali em diante.

Estudos recentes confirmam: esse primeiro momento tem um impacto direto na motivação dos funcionários e até mesmo em quanto tempo planejam permanecer na empresa.

Uma nova pesquisa feita pela Software Finder com 1.010 profissionais contratados nos últimos dois anos mostra que as experiências de onboarding variam bastante. Quase metade (46%) descreveu o processo como acolhedor e cerca de um terço (34%) disse que foi bem estruturado.

Por outro lado, muitos relataram experiências negativas: 29% acharam o processo desorganizado, 26% disseram que foi apressado e 21% o consideraram abaixo do esperado.

Mas o dado mais preocupante foi que apenas 28% sentiram que o onboarding realmente os preparou para o cargo. Dois terços (67%) afirmaram que o processo não refletia bem nem suas responsabilidades nem a cultura da empresa.

Segundo a pesquisa, um onboarding mal feito pode influenciar negativamente a permanência do funcionário. Quase metade (48%) dos que tiveram uma experiência ruim disse que pensou em deixar a empresa em até seis meses.

Já entre aqueles que tiveram uma boa experiência de integração, o resultado foi o contrário: 39% afirmaram que o onboarding aumentou a vontade de permanecer e 55% disseram que gostariam de ficar na empresa a longo prazo. Em comparação, apenas 10% dos que tiveram uma má experiência pensavam da mesma forma.

Outro ponto importante: 77% dos que avaliaram positivamente o processo relataram ter se sentido mais conectados à empresa depois da integração. Além disso, 61% acreditam que o onboarding terá influência direta em sua ética de trabalho e engajamento futuros.

Apesar disso, a pesquisa mostra que os funcionários parecem abertos a um novo processo de integração. Sete em cada 10 disseram que gostariam de passar por outro onboarding após seis meses de casa, como forma de se alinhar melhor à cultura e às expectativas da organização – o que pode ser uma boa notícia para empresas que não acertaram na primeira vez.


SOBRE A AUTORA

Sarah Bregel é uma escritora, editora e mãe solteira que mora em Baltimore, Maryland. Ela contribuiu para a nymag, The Washington Post... saiba mais