Quem é o novo trabalhador brasileiro? Pesquisa identifica 8 perfis mais comuns

Pesquisa mostra que o equilíbrio entre vida pessoal e carreira se tornou prioridade no país

Fim do workaholic
Brasileiros estão mudando a relação com o trabalho. Crédito: Imagem gerada com Copilot

Gabriel Nassif 2 minutos de leitura

Os trabalhadores brasileiros estão priorizando cada vez mais a vida pessoal em relação ao trabalho. Diferente de gerações anteriores, marcadas pelo perfil workaholic, o cenário atual mostra profissionais que buscam equilíbrio, propósito e bem-estar além da rotina profissional.

Nesse sentido, uma recente pesquisa da Pluxee identificou oito perfis predominantes entre os trabalhadores brasileiros e mostrou que 57% colocam a vida pessoal à frente da carreira. O levantamento revela mudanças na relação entre trabalho, estabilidade, engajamento social e realização individual.

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Os 8 perfis do trabalhador brasileiro identificados pela Pluxee

1. Guardiões do propósito (23%): esse perfil valoriza a vida pessoal e causas sociais, mas mantêm baixa participação comunitária. Encaram o trabalho como meio de estabilidade, sem torná-lo o centro da identidade.

2. Forasteiros (18%): esses trabalhadores entendem o trabalho apenas como fonte de renda. Priorizam a vida pessoal e evitam vínculos emocionais ou compromissos além da função.

3. Normativistas (17%): pessoa com esse perfil buscam equilíbrio entre vida pessoal e profissional e participam de iniciativas comunitárias. Consideram o trabalho parte de um ciclo de vida mais amplo.

4. Funcionais (11%): profissionais com esse perfil valorizam a vida pessoal e mantêm visão positiva sobre o trabalho, mas sem envolvimento externo. Consideram o emprego uma etapa necessária, porém sem dedicação excessiva.

5. Workaholics (10%): pessoas com esse perfil se se dedicam quase exclusivamente ao trabalho, com pouca ou nenhuma vida pessoal. O emprego ocupa a maior parte do tempo e influencia a identidade.

6. Envolvidos (9%): esse perfil de trabalhador prefere equilibrar vida pessoal, profissional e engajamento social.

7. Totalmente engajados (7%): profissionais com esse perfil colocam o trabalho no centro da vida, mas mantêm equilíbrio com a esfera pessoal e com causas sociais.

8. Coletivistas (5%): essas pessoas priorizam vida pessoal e causas sociais acima de resultados profissionais imediatos. O sentido do trabalho está no impacto coletivo.

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Mudanças no comportamento profissional

O estudo mostra que 57% dos trabalhadores valorizam o equilíbrio entre carreira e vida privada. Nesse sentido, a estabilidade e renda continuam relevantes, mas não determinam a satisfação ou lealdade às empresas.

Para gestores e empregadores, os dados reforçam a necessidade de estratégias que considerem flexibilidade, propósito e reconhecimento das diferentes demandas pessoais dos colaboradores dentro do ambiente corporativo.

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Um mercado em transformação

Em um cenário de mudanças, compreender essa diversidade é fundamental para empresas e para quem deseja se posicionar com clareza profissional.

A pesquisa da Pluxee revela que o novo mercado de trabalho exige flexibilidade e revisão de conceitos tradicionais de carreira. Diferente dos trabalhadores workaholic, os profissionais atuais buscam não apenas renda, mas também propósito e qualidade de vida.

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SOBRE O AUTOR

Jornalista, com experiência em produção de matérias e conteúdos multiplataforma. Atuou em veículos independentes e comunitários, além ... saiba mais