Esta técnica simples e pouco usada pode aumentar sua influência no trabalho
Esta habilidade subestimada que melhora relações, fortalece sua imagem profissional e pode até influenciar avaliações de desempenho

Segundo Alison Wood Brooks, professora associada da Universidade de Harvard, para ter influência no trabalho é necessário uma escuta ativa que exige mais do que apenas ouvir em silêncio. Para que ela funcione de fato, é preciso demonstrar interesse com perguntas de acompanhamento, ou repetir e reformular o que a outra pessoa disse.
“Ouvir a resposta de alguém e depois buscar mais informações é um superpoder, e um número surpreendentemente baixo de pessoas pensa em fazer isso”, afirmou em entrevista ao CNBC Make It.
O impacto na carreira
Brooks, que ministra um curso de MBA em Harvard chamado “How to talk gooder in business and life”, destaca que profissionais bem-sucedidos vão além de um simples aceno de cabeça. Mostrar que você está genuinamente engajado, em reuniões ou conversas individuais, constrói confiança e reforça sua competência aos olhos de colegas e chefes.
Um estudo de 2017 coassinado por Brooks analisou mais de 2.000 conversas e concluiu que fazer perguntas genuínas de acompanhamento aumenta a simpatia de quem as faz. E, segundo a pesquisa, ser bem quisto no trabalho costuma influenciar positivamente as avaliações de desempenho.
Uma habilidade que pode ser treinada
Matt Abrahams, professor de comunicação em Stanford, também defende o valor de fazer perguntas reflexivas. Para ele, isso mostra empatia, disposição para aprender e até humildade. “Essas são ferramentas valiosas quando você está tentando crescer na carreira ou aprofundar relacionamentos”, disse.
A boa notícia é que qualquer pessoa pode desenvolver essa habilidade para ter influência no trabalho. Robert Biswas-Diener, coautor do livro Radical Listening: The Art of True Connection (2025), afirma que a prática constante é o caminho. Segundo ele, prestar atenção nos temas importantes para o interlocutor e fazer perguntas relevantes durante a conversa ajuda a construir conexões mais profundas. “As perguntas são a ferramenta mais poderosa da escuta”, explica.