Trabalha para viver ou vive para trabalhar? Veja o que isso diz sobre você

Entenda como essa simples pergunta pode revelar padrões que estão te travando no trabalho e na vida pessoal

Crédito: master1305/ Getty Images

Redação Fast Company 2 minutos de leitura

Uma pergunta simples, "você vive para trabalhar ou trabalha para viver?", pode revelar muito sobre quem você é, como lida com metas e até porque alguns projetos travam. A análise é do escritor e especialista em inteligência emocional Justin Bariso, que relaciona essa resposta a um dos principais traços da personalidade humana: a conscienciosidade.

Esse traço psicológico, citado em artigo da Inc. Magazine, faz parte do chamado “modelo dos cinco grandes”, uma teoria amplamente aceita entre estudiosos da personalidade.

De forma resumida, pessoas com alta conscienciosidade são organizadas, responsáveis e orientadas por metas. Já quem pontua mais baixo tende a ser flexível, criativo e mais voltado para o prazer imediato do que para o cumprimento rigoroso de regras.

O QUE É CONSCIENCIOSIDADE?

Bariso define a conscienciosidade como a capacidade de seguir compromissos, exercer autocontrole e adiar gratificações para alcançar objetivos. Indivíduos altamente conscienciosos são vistos como confiáveis, metódicos e determinados.

Não por acaso, esse perfil costuma ser bem avaliado em ambientes corporativos, justamente por valorizar estrutura, ordem e entregas consistentes.

Mas há um lado B: esse tipo de profissional também corre mais risco de cair no perfeccionismo, ter dificuldades para delegar tarefas e se cobrar a ponto de ignorar os próprios limites, o que pode levar ao esgotamento e até ao burnout.

E QUEM TEM BAIXA CONSCIENCIOSIDADE?

Por outro lado, pessoas com baixa conscienciosidade preferem ambientes fluidos, criativos e menos rígidos. Costumam ter mais facilidade para se adaptar a imprevistos e são vistas como companhias agradáveis no ambiente de trabalho.

A desvantagem é que podem sofrer mais com procrastinação, desorganização e dificuldade para concluir projetos ou manter uma rotina estável. Segundo Bariso, essa diferença de perfil não tem a ver com certo ou errado.

"Gente muito conscienciosa costuma alcançar resultados com disciplina, foco e organização, mas pode virar perfeccionista, se estressar fácil ou acabar presa ao trabalho a ponto de se esgotar", explica o especialista.

"Já quem tem menos conscienciosidade pode ser mais adaptável, sociável, criativo e até mais feliz, mas corre o risco de procrastinar, perder prazos e ser visto como alguém em quem não se pode confiar.”

O QUE ISSO DIZ SOBRE VOCÊ?

Se você vive frustrado com a própria produtividade, sente que está sempre apagando incêndios ou se cobra demais, talvez o problema não esteja exatamente no seu emprego e sim no descompasso entre sua personalidade e o jeito como você estrutura sua vida profissional.

Saber qual é seu estilo dominante ao trabalhar pode ser o primeiro passo para reavaliar suas estratégias e atingir a conscienciosidade. E, principalmente, para ajustar expectativas e evitar se sabotar sem perceber.


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