Starbucks quer se tornar o posto de combustível do futuro para carros elétricos

Crédito: Fast Company Brasil

Fast Company Brasil 2 minutos de leitura

Em 2030, é provável que já existam 26 milhões de carros elétricos nos Estados Unidos, o que significa que precisaremos de dez vezes mais carregadores para esse tipo de veículo. A Starbucks, com suas 15 mil filiais espalhadas por todo o país, aposta que poderá ajudar a preencher boa parte dessa lacuna.

Em um piloto feito este ano, a empresa firmou parceria com a Volvo e a Chargepoint para instalar carregadores de carros elétricos em seus estacionamentos ao longo de uma rota de quase 2,2 mil quilômetros que vai de Denver a Seattle, com paradas disponíveis aproximadamente a cada 160 quilômetros. “Esse trajeto é um daqueles desertos de serviços, por assim dizer”, explica Michael Kobori, diretor de sustentabilidade da Starbucks. “Não há muitas estações de carregamento disponíveis lá.”

Crédito: Starbucks/ Divulgação

Carregar um carro elétrico ainda é uma experiência muito diferente da de colcar gasolina. Para o uso diário, os proprietários de veículos elétricos costumam carregar a bateria de casa. Mas, em uma viagem mais longa, os carregadores nem sempre são fáceis de encontrar. Além disso, com a tecnologia de carregamento atual, o processo leva mais tempo do que o abastecimento tradicional – e ter ficar sentado em um posto de gasolina por 30 minutos ou mais não é muito animador.

“Nossa proposta combina a ideia de carregar um veículo elétrico com o fato de que, se você estiver no meio de uma viagem, naturalmente vai querer parar de manhã no Starbucks para pegar um café”, aposta Kobori. “Enquanto carrega seu automóvel está sentado lá, se preparando para o resto do dia e planejando a rota.” Embora os tempos de carregamento variem dependendo do veículo, a Volvo afirma que modelos podem carregar de 20% a 90% em 40 minutos.

Em muitas áreas, os carregadores também ajudarão a preencher uma lacuna para os moradores locais, e não apenas para os viajantes. “Esta rota passa por várias daquelas que são consideradas ‘zonas federais de oportunidade’, ou seja, comunidades em dificuldades econômicas”, explica. “Enquanto analisávamos isso, pensamos em como garantir que o carregamento também abra esses mercados mal atendidos para veículos elétricos.”

No piloto, a Starbucks testará as taxas de uso e decidirá se vai mesmo expandir o serviço nacionalmente, como parte de seu plano de sustentabilidade mais amplo, que visa tornar a empresa “positiva em recursos” – o que inclui a meta de passar a capturar uma quantidade maior de carbono do que a que emite.


SOBRE O(A) AUTOR(A)

Fast Company é a marca líder mundial em mídia de negócios, com foco editorial em inovação, tecnologia, liderança, ideias para mudar o ... saiba mais