Capacitação é o caminho para mulheres chegarem ao C-level
A chance de uma mulher se tornar chefe diminui muito após os primeiros 10 anos de carreira. Mas a capacitação pode mudar isso
O que não falta são mulheres qualificadas para ocupar cargos de liderança. Já sabemos que o avanço delas em direção ao topo da pirâmide corporativa não está a serviço somente do cumprimento das metas de equidade de gênero, mas também do sucesso das empresas.
Pesquisas mostram que as mulheres têm mais qualidades de liderança desejadas do que os homens e que elas apresentam desempenho melhor do que os homens em resiliência, autodesenvolvimento, honestidade e integridade.
No entanto, uma lista recém-lançada da Fortune Global 500 descobriu que 44 CEOs mulheres lideram apenas 8,8% das empresas da Fortune 500 nos EUA. Globalmente, as estatísticas são ainda mais sombrias. Mulheres CEOs lideram apenas 24 empresas no Global 500, apenas 4,8% das maiores empresas do mundo.
Pesquisas mostram que as mulheres têm mais qualidades de liderança desejadas do que os homens.
Não apenas a porcentagem de mulheres na liderança é extremamente baixa, mas o caminho para chegar aos cargos de chefia diminui significativamente após os primeiros 10 anos de carreira. De acordo com um estudo do LinkedIn, para cada mulher que chega a uma posição de liderança durante sua primeira década, quase o dobro de homens consegue fazer o mesmo.
Sendo assim, como uma profissional consegue romper essas barreiras e chegar ao topo depois de completar 10 anos trabalhando? A qualificação é a chave para avançar em qualquer carreira, especialmente no nível C-suite. Com acesso a plataformas de educação online, as mulheres podem acessar os cursos independentemente de sua situação atual – seja no escritório ou trabalhando em casa.
Aqui estão três maneiras práticas pelas quais uma mulher pode alcançar a liderança por meio da qualificação.
ADQUIRA AS NOVAS HABILIDADES DO SEU SETOR
O aperfeiçoamento profissional hoje está mais acessível. Muitos programas de qualificação de aprendizado online oferecem oportunidades de aprendizado abrangentes e genéricas em setores funcionais, digitais e de negócios. A qualificação direcionada e de alto impacto é essencial para obter acesso a um cargo de diretoria.
De acordo com o MBA Executivo da Wharton School of Business, as principais habilidades de liderança necessárias para o C-suite incluem habilidades de gerenciamento de mudanças, experiência no ramo, tomada de decisões, pensamento estratégico e previsão. As mulheres que aspiram a uma liderança sênior precisam ter essas habilidades.
Mulheres apresentam desempenho melhor do que homens em resiliência, auto desenvolvimento, honestidade e integridade.
Os cursos online especializados em programas direcionados e estratégicos de qualificação e requalificação são os mais bem equipados para ajudar trabalhadores a aprender capacidades de liderança executiva. Plataformas mais fortes oferecem currículos abrangentes, especializações em setores específicos e abordagens adaptáveis e com visão de futuro que podem ser aplicadas a setores em constante mudança.
O movimento de requalificação pode oferecer a oportunidade de que precisamos para finalmente inaugurar uma mudança significativa na luta pela diversidade de gênero na liderança. Se as mulheres dobrarem o investimento em qualificação antes, ou mesmo depois da marca de 10 anos de carreira, terão as habilidades necessárias para serem líderes em uma nova era digital.
OLHE PARA AS INDÚSTRIAS EM CRESCIMENTO
O FMI projeta que 11% dos empregos atualmente ocupados por mulheres correm o risco de serem eliminados como resultado das tecnologias digitais. Esta é uma porcentagem maior do que os empregos ocupados por homens.
As organizações já estão achando mais difícil atrair talentos com a quantidade de habilidades digitais avançadas necessárias. Por exemplo, até o final de 2022, pelo menos 54% de todos os funcionários exigirão e requalificação significativa, de acordo com um relatório do Fórum Econômico Mundial.
Uma área em que as mulheres enfrentam desvantagem significativa é nas carreiras STEM (Ciências, Tecnologia, Engenharia e Matemática, na sigla em inglês), especialmente no nível de liderança. De acordo com um estudo do WEF-LinkedIn, as mulheres detêm apenas 36% dos diplomas STEM e representam apenas 25% da força de trabalho nesses campos. Além disso, apenas 22% dos profissionais de IA e 12% dos especialistas em aprendizado de máquina são mulheres.
Ao procurar a plataforma de qualificação certa, as alunas devem se concentrar naquelas que:
• Envolvam líderes femininas no currículo, fornecendo aos participantes modelos de comportamento.
• Ofereçam formatos flexíveis, para que as mulheres consigam equilibrar trabalho e vida pessoal.
• Tenham formado líderes atuais/ executivos C-Suite
• Ofereçam a garantia do aprendizado – e não simplesmente o acesso ao ensino.
BUSQUE MENTORIA DURANTE A QUALIFICAÇÃO
A mentoria no local de trabalho é uma das iniciativas mais eficazes para o desenvolvimento da carreira. Os modelos são a linha de chegada e os mentores são os treinadores que podem ajudar a pessoa a chegar lá. No entanto, as mulheres geralmente recebem menos orientação ou apadrinhamento que abrem portas.
As chances de uma profissional chegar a um cargo de chefia diminuem muito após os primeiros 10 anos de carreira.
Se você deseja avançar na carreira por meio de um aperfeiçoamento orientado, a chave é encontrar alguém com quem possa construir uma parceria inspiradora, motivada pela curiosidade. Para encontrar esse tipo de relacionamento, é preciso olhar além das plataformas de ensino e privilegiar aqueles que defendem programas que oferecem:
• Mentoria com interação personalizada aos jovens profissionais, bem como experiência da vida real, o que muitas vezes é uma necessidade para gerenciamento e liderança que não pode ser ensinada só com aulas.
• A mentoria também fornece responsabilidade e retenção de alunos em um ambiente de aprendizado online. Isso pode ser especialmente crucial para as mulheres que fazem malabarismos com várias obrigações de trabalho e de casa.
A pandemia exacerbou os absurdos nas estatísticas sobre liderança feminina. Aquelas que permaneceram trabalhando ou retornaram ao trabalho estão mais esgotadas do que nunca. Com a recessão prevista, é ainda mais crucial que as mulheres tenham oportunidades de promoção no trabalho, antes de enfrentar outros contratempos de crescimento financeiro e de carreira.
