Onda de demissões nas big techs continua em janeiro

Amazon, Salesforce, Stitch Fix e outras empresas de tecnologia começam 2023 anunciando cortes na força de trabalho

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Redação Fast Company 1 minutos de leitura

Em geral o mês mais crítico do ano em termos de demissões, janeiro de 2023 vem pior do que o normal para quem trabalha no setor de tecnologia. Só a Amazon anunciou que vai despedir 18 mil funcionários – oito mil a mais do que o anunciado em novembro, quando os cortes de pessoal começaram – a partir da próxima quarta-feira (dia 18/01).

Mas a gigante do e-commerce não é a única a promover demissões em massa nesse início de ano. Na semana passada, a Salesforce anunciou o corte de cerca de oito mil funcionários, o que dá mais ou menos 10% da sua força de trabalho.

Nos EUA, empresas menores, também do setor de tecnologia, estão seguindo pelo mesmo caminho. É o caso da Stitch Fix (e-commerce de roupas), que planeja dispensar 20% dos trabalhadores (e cuja CEO, Elizabeth Sapulding, renunciou ao cargo) e da Vimeo, que vai cortar 11% do seu pessoal, segundo anunciado pela CEO Anjali Sud no blog da empresa.

a Amazon tinha 800 mil funcionários no início da pandemia, em 2020. No final de 2021, esse número havia dobrado para 1,6 milhão.

Na Amazon, as demissões deverão se concentras nas lojas físicas nos EUA e nas áreas de pessoas, experiên- cia e tecnologia (PTX). Isso significa que entre os setores afetados estão os que cuidam do website, das operações globais e dos espaços físicos, como depósitos e lojas.

Para se ter uma ideia da situação, a Amazon tinha cerca de 800 mil funcionários no início da pandemia, em 2020. No final de 2021, esse número havia dobrado para 1,6 milhão. Mas, tão rápido quanto subiram, as taxas de crescimento começaram a cair, bem no momento em que a empresa investia cada vez mais para atrair os melhores talentos do mercado de tecnologia.

A essa altura, o fundador Jeff Bezos já havia passado o comando dos negócios para o atual CEO, Andy Jassy, que recebeu a missão de apaziguar os investidores.

Ele começou fazendo alterações para desmobilizar a estrutura montada para lidar com as demandas que surgiram por conta da Covid-19. Em novembro de 2022, os líderes regionais foram instruídos a preparar o espírito dos empregados para os cortes que viriam em 2023.

Com base em reportagem de Clint Rainey.


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