TikTok adota política de tolerância zero para combater a transfobia
O TikTok anunciou na semana passada que reforçaria as diretrizes da sua comunidade. Na atualização mais recente de suas regras de segurança, a empresa deixou claro que ações como a malgenerização (do inglês misgendering, o ato de designar ou se referir a uma pessoa por um gênero que não corresponde à sua identidade), o uso de “nome-morto” (do inglês deadnaming, o uso do nome de nascimento de uma pessoa transgênero ou não binária) e a promoção de “terapias de conversão” não seriam toleradas de forma alguma na plataforma. Essa mudança ocorreu após fortes recomendações do GLAAD (Gay & Lesbian Alliance Against Defamation), a maior organização não-governamental estadunidense de monitoramento da maneira como as mídias retratam as pessoas LGBT, e também do grupo UltraViolet, que defende a justiça de gênero.
“Quando ações transfóbicas, como desrespeitar o pronome de escolha da pessoa, insistir em chamá-la por um nome em que ela não se reconhece ou promover a chamada “terapia de conversão” ocorrem em plataformas como o TikTok, elas criam um ambiente online inseguro para pessoas LGBTQ e, muitas vezes, isso leva a danos no mundo real”, afirmou Sarah Kate Ellis, presidente e CEO da GLAAD, em um comunicado. Ela também disse que o fato de que a plataforma está tratando essas políticas com maior clareza “eleva o padrão de segurança LGBTQ online” e sugeriu que outras plataformas de mídia social deveriam fazer o mesmo.
A UltraViolet também elogiou a medida: “Aplaudimos o TikTok por responder efetivamente às nossas recomendações e por implementá-las em uma política de usuário mais atualizada e protetora”, disse Bridget Todd, diretora de comunicações do grupo de defesa, em comunicado. “Mesmo assim, está claro que as plataformas de mídia social ainda têm um longo caminho a percorrer.”
O TikTok, que já foi criticado por ser rígido na remoção de conteúdos, reafirmou, no anúncio de sua atualização, que também adotaria uma “abordagem mais rígida” contra outros comportamentos e ideias perigosas, regulando postagens sobre distúrbios alimentares e refinando suas regras relacionadas a ideologias de ódio.
