5 fatos sobre a pessoa mais interessante da indústria de tecnologia, hoje

Murati, diretora de tecnologia da OpenAI, está moldando o ChatGPT, o Dall-E e o futuro da IA

Crédito: Getty Images/ iStock

Chris Morris 4 minutos de leitura

O ChatGTP e o Dall-E podem estar recebendo toda a atenção, mas Mira Murati é a verdadeira estrela. Ela é diretora de tecnologia da OpenAI, que foi eleita a empresa mais inovadora de 2023 pela Fast Company e que está por trás do ChatGPT – o chatbot de inteligência artificial mais avançado já criado para o grande público. 

Nascida na Albânia, Murati já trabalhou na Tesla, onde liderou o desenvolvimento do Modelo X, e está na OpenAI desde 2018. Enquanto o mundo fica boquiaberto com a tecnologia e discute seu potencial, ela e sua equipe estão focados em melhorar os produtos da OpenAI.

Afinal, bilhões de dólares dependem do sucesso desta tecnologia, que pode ser a mais disruptiva do Vale do Silício desde o iPhone.

Seu aperfeiçoamento, bem como toda a conversa global em torno dela, provavelmente continuará por um bom tempo. Enquanto isso, aqui estão algumas coisas que você precisa saber sobre Murati.

1. Ela tem uma longa história de influência sobre como as pessoas interagem com novas tecnologias

O interesse de Murati pela IA surgiu em 2013, quando ela

bilhões de dólares dependem do sucesso desta tecnologia, que pode ser a mais disruptiva do Vale do Silício desde o iPhone.

se juntou à Tesla. Na época, a empresa estava lançando as primeiras versões do Autopilot, seu software de assistência ao motorista, e trabalhando em robôs de IA para suas fábricas.

Em 2016, entrou para a Leap Motion para trabalhar no sistema de realidade aumentada da startup, que pretendia substituir o uso de teclados. Como vice-presidente de produto e engenharia, ela esperava tornar a interação com um computador “tão intuitiva quanto arremessar uma bola”. Mas logo percebeu que a tecnologia de realidade virtual não estava nem perto de estar pronta para o grande público.

Por fim, chegou à conclusão de que um “enorme avanço em tecnologia” precisaria desempenhar um papel na solução dos maiores desafios do mundo. Isso a levou a ingressar na OpenAI em 2018 e a supervisionar os lançamentos do Dall-E e do ChatGPT.

2. Ela é uma das principais defensoras dos testes públicos

Embora o Google tenha, em grande parte, mantido sua pesquisa de IA em segredo e os recursos do Ernie (chatbot da Baidu) ainda sejam praticamente desconhecidos fora da China, os produtos da OpenAI estão amplamente disponíveis.

Murati é apaixonada por testar esses produtos com o público. Ela argumenta que manter o desenvolvimento de uma inteligência artificial geral (IAG) dentro de um laboratório pode fazer com que o choque do público seja ainda maior quando for lançada.

Para ela, condicionar os grandes modelos de linguagem da empresa por meio do aprendizado por reforço com feedback humano é um método mais eficaz de abordar quaisquer desafios no desempenho da tecnologia e uma maneira de incluir o público no processo.

3. Ela é a favor da regulamentação da IA

A rápida adoção e as discussões sobre inteligência artificial

Murati acredita que existem questões sociais importantes que não deveriam estar apenas nas mãos de tecnólogos.

têm alimentado temores sobre a capacidade da tecnologia. As preocupações incluem o uso indevido para desinformação ou agendas que são prejudiciais a certos grupos de pessoas.

Murati não aborda casos específicos, mas já disse abertamente que o setor precisa de regulamentação. “Temos filósofos e especialistas em ética na OpenAI, mas realmente acredito que existem questões sociais importantes que não deveriam estar apenas nas mãos de tecnólogos.”

4. Ela está focada em como os humanos irão interagir com a IA

Apesar de ter confiança na capacidade da OpenAI, Murati não parece compartilhar o interesse do CEO, Sam Altman, de explorar a ideia de IA senciente – ou seja, capaz de experimentar sensações e sentimentos de forma consciente.

Ele tem talento nato para gerar manchetes ao fazer alusões a histórias de terror de ficção científica com IA como vilã, mas ela enxerga a consciência como um campo da filosofia, e não da ciência.

Na verdade, ela gostaria de reformular o teste de Turing, que avalia a capacidade de uma máquina de exibir comportamento inteligente equivalente ou indistinguível ao de um ser humano, incluindo nele um “amplo espectro de tarefas cognitivas”. Mas, acima de tudo, quer que os sistemas da OpenAI aprendam com pessoas de verdade.

5. Ela espera que a próxima geração do GPT cause menos alvoroço

Apenas dois meses após seu lançamento, o ChatGPT atingiu

Ela é apaixonada por testar produtos de tecnologia com o público.

100 milhões de usuários mensais ativos, de acordo com a empresa de análise Similarweb. Isso fez com que se tornasse o aplicativo de crescimento mais rápido da história.

O GPT-4, o próximo grande modelo de linguagem da OpenAI, está sendo preparado para lançamento. Murati sabe que ele estará sob um holofote ainda maior, mas, quando questionada, ela diz que seria bom se as reações fossem menos "exageradas”.

Sabemos que isso é improvável. Com o GPT-4, Murati vê uma chance de “ampliar as oportunidades para as pessoas”, inclusive mostrando aos educadores que a IA generativa é muito mais do que apenas um recurso para os alunos trapacearem em seus trabalhos e tarefas. Ele pode ser uma ferramenta valiosa para ajudar a escrever planos de aula e auxiliar o aprendizado de novas maneiras.

“Com o ChatGPT você pode ter interação infinita e aprender sobre tópicos complexos com base no seu contexto”, diz. “É como um professor particular.”


SOBRE O AUTOR

Chris Morris é um jornalista com mais de 30 anos de experiência. Saiba mais em chrismorrisjournalist.com. saiba mais